Bento XVI e o presidente interino da República da Moldávia, Mihai Ghimpu, analisaram a identidade europeia e manifestaram a esperança de que as dificuldades no país possam ser solucionadas pelo diálogo.
O Papa recebeu no Vaticano o chefe de Estado, que se reuniu em seguida com o secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, acompanhado pelo secretário para as Relações com os Estados, D. Dominique Mamberti.
Durante a audiência, que ocorreu a 24 de Maio, foi reconhecida a “positiva contribuição da missão desempenhada pela Igreja católica na Moldávia em benefício da população” e a existência de um “diálogo sereno entre a Igreja e as autoridades do país”.
De acordo com um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, houve uma troca de pontos de vista sobre as relações internacionais, tendo-se sido abordada a questão da “identidade cultural e religiosa do continente europeu”.
A capital da Moldávia, Chisinau, recebeu em Março o encontro das conferências episcopais do sudeste europeu.
Durante a assembleia, o primeiro-ministro do país, Vlad Filat, referiu-se ao tema da identidade cultural e religiosa do continente, tendo defendido que na origem dos problemas que hoje se impõem está uma “crise moral”.
“Somente conscientes de nossas origens é que saberemos para onde ir”, declarou o dirigente político, que manifestou a convicção de que “a Igreja empenhar-se-á no apoio à formação de um povo que tenha nas suas bases os melhores princípios morais, sobre os quais se construirá a nova sociedade.”
A Moldávia, considerada uma das nações mais pobres da Europa, tem uma superfície pouco superior a uma terça parte do território português, e dos seus 4,3 milhões de habitantes, cerca de 98% são cristãos ortodoxos.