Bento XVI diz que a Europa precisa do Cristianismo

Encontro com autoridades políticas e corpo diplomático, em Praga, recorda 20.º aniversário da queda dos regimes totalitários

Bento XVI recordou este Sábado o 20.º aniversário da queda dos regimes totalitários no Leste europeu e a “euforia que se lhe seguiu”, defendendo que após as profundas mudanças políticas, que transformaram o continente, a Europa precisa do Cristianismo.

Num discurso centrado no tema da liberdade e da busca da verdade, o Papa disse que a Europa é mais do que um continente, “é uma casa”.

Após afirmar a clara distinção entre as esferas política e religiosa, o Papa quis vincar “o papel insubstituível do Cristianismo para a formação da consciência de cada geração e para a promoção de um consenso ético de fundo, ao serviço de cada pessoa que chama «casa» a este continente”.

Apontando o dedo ao cinismo “desumano e destrutivo” de quem nega a capacidade humana de chegar à verdade, Bento XVI disse que esta atitude está a “corroer os próprios valores que sustentam a construção de um mundo unido e fraterno”.

20 anos depois da “Revolução de Veludo”, que devolveu a democracia ao território checo, “continua o processo de cura e reconstrução, internamente e no contexto mais amplo da unificação europeia e de um mundo cada vez mais globalizado”.

 O Papa concluiu o dia com a celebração de Vésperas, diante de cerca de 2400 pessoas, entre Bispos, padres, religiosos, religiosas, seminaristas e representantes de movimentos laicais. Na sua homilia, Bento XVIdestacou a história cristã deste país, com o testemunho de mártires ao longo dos séculos, em especial nas décadas do regime comunista. 

Estes, disse, resistiram com “heróica firmeza” à ditadura , sacrificando a sua própria vida.

Aos católicos de hoje, Bento XVI disse que “amar Cristo e os irmãos deve ser característica de cada crente e de cada comunidade”.

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