Bento XVI diz que a crise mostra que o Mercado precisa de regulação

Papa condena «positivismo económico»

Bento XVI deixou hoje duras críticas ao “positivismo económico” que dispensa a componente ética e pediu uma regulação dos mercados.

O Papa considera que não é possível admitir um mercado “regulado por si próprio, apenas pelas forças puramente económicas”, em que a ética fosse “uma coisa estranha”.

Para Bento XVI, promover um “pragmatismo económico puro” e prescindir da “realidade do homem, enquanto ser ético” cria problemas “irresolúveis”.

“Este é o momento de ver que a ética não é uma coisa exterior, mas interior à racionalidade, ao pragmatismo económico”, assinalou.

O Papa defendeu que a crise económica tem uma “componente moral que ninguém pode deixar de ver”, lembrando que abordou esta temática na sua terceira carta encíclica, “Caritas in veritate” (o amor na verdade).

Neste contexto, Bento XVI admitiu que a Igreja tem estado ausente destas questões, “pensando apenas na salvação individual, nos actos religiosos, sem ver que estes levam a uma responsabilidade global”.

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