Bento XVI afirmou que “Deus castiga a culpa, mas protege os pecadores”, já que os homens sabem “dizer não aos vícios do mundo” e têm coragem para “uma mudança radical de vida”.
Durante a tradicional audiência das Quartas-feiras, o Papa evocou Santo Odon, que propunha a transformação total da existência a partir da humildade, austeridade e desprendimento das coisas efémeras.
Bento XVI, que deixou temporariamente a residência pontifícia de Castel Gandolfo para se reunir com fiéis e peregrinos no Vaticano, retomou a apresentação dos grandes escritores da Igreja do Oriente e do Ocidente, com os quais é possível “entender o que significa ser cristão”.
Santo Odon nasceu no final do século IX, em França. É considerado um dos protagonistas do monaquismo da Idade Média. Foi o segundo abade de Cluny, missão que implicava uma influência importante nos mosteiros europeus que seguiam a Regra e a espiritualidade daquela abadia.
Entre as suas virtudes, destacam-se a paciência, o zelo pelas almas, o empenho pela paz e pela concórdia, assim como a atenção aos pobres, jovens e idosos.
Perante cerca de oito mil pessoas, o Papa recordou a grande devoção que Santo Odon tinha pelo Corpo e Sangue do Senhor, e exortou à celebração cuidadosa da comunhão sacramental: “Somente quem está unido espiritualmente a Cristo pode receber dignamente o seu Corpo eucarístico”.
Depois da catequese, Bento XVI saudou os fiéis em diversas línguas, entre as quais o português: “Saúdo com amizade e gratidão todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente os grupos do Brasil. Viestes a Roma para fortalecer os vínculos de fé, esperança e amor que unem a todos os baptizados na Igreja, que Jesus quis fundar sobre Pedro. Que as vossas vidas, iluminadas pela fé e perseverantes na esperança, possam sempre testemunhar o amor de Deus. Que as Suas bênçãos desçam abundantes sobre vós e vossas famílias”.
Com Agências