Bento XVI deseja futuro «com esperança»

Papa preside a missa no início de 2012 e sublinha apelos para o Dia Mundial da Paz, dedicado à educação das novas gerações

Cidade do Vaticano, 01 jan 2012 (Ecclesia) – Bento XVI convidou hoje a comunidade internacional a “renovar o compromisso pela promoção da paz”, apelando, em particular, aos mais jovens, que desafiou a “olhar para o futuro com esperança”.

O Papa presidia à missa no Vaticano, no 45.º Dia Mundial da Paz, que marca o início de 2012, este ano dedicado ao tema ‘Educar os jovens para a justiça e para a paz”.

Durante a sua homilia, Bento XVI disse que “os jovens e as jovens de hoje crescem num mundo que se tornou, por assim dizer, mais pequeno, no qual os contactos entre as diferentes culturas e tradições são constantes”.

“Para eles, hoje mais do que nunca, é indispensável a aprendizagem do valor e do método da convivência pacífica, do respeito recíproco, do diálogo e da compreensão”, prosseguiu.

O Papa destacou que a educação dos mais novos para a paz é “uma tarefa que diz respeito a cada geração”, agradecendo pelo caminho realizado “após as tragédias das duas grandes guerras mundiais” com a afirmação, por parte dos próprios jovens, “de muitas formas de compromisso social neste campo”.

Com Bento XVI concelebraram os principais responsáveis pela diplomacia da Santa Sé e do Conselho Pontifício Justiça e Paz, perante milhares de pessoas reunidas na basílica de São Pedro, incluindo vários embaixadores.

“Para a comunidade eclesial, educar para a paz faz parte da missão recebida de Cristo, é parte integrante da evangelização, porque o Evangelho de Cristo é também o Evangelho da justiça e da paz”, afirmou.

Segundo o Papa, a Igreja tornou-se “intérprete”, nos últimos tempos, da “exigência de responder a um desafio decisivo, que é precisamente o da educação”.

“Na era atual, fortemente caraterizada pela mentalidade tecnológica, querer educar e não apenas instruir é algo que não deve ser tomado como um dado adquirido, mas uma escolha; por outro lado, a cultura relativista coloca uma questão radical: ainda faz sentido educar? E, depois, educar para o quê?”, indicou.

Bento XVI evocou ainda a figura de Maria, que a liturgia católica celebra hoje, e disse que, tal como ela, “a Igreja é mediadora da bênção de Deus para o mundo”, oferecendo Jesus como “a misericórdia e a paz”.

“Jesus é um caminho viável, aberto a todos. É o caminho da paz”, assinalou.

Nas preces dirigidas durante a celebração, foi pedido, em português, que “o Senhor conceda à Igreja um amor cada vez maior à Palavra de Deus, para que a guarde com solicitude, encarne fielmente e comunique com generosidade”.

Os participantes rezaram ainda para que Deus “faça calar as armas” e ofereça esperança aos que são “perseguidos por causa da fé e da justiça”.

Mais tarde, na recitação da oração do Angelus, o Papa fez votos de “reconciliação e perdão para as áreas de conflito” no mundo, pedindo ainda “uma distribuição mais justa e equitativa dos recursos”.

Bento XVI deixou uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa, às suas famílias e nações: “Desejo um Ano Novo feliz e santo, na paz de Cristo”.

OC

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Agência ECCLESIA

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