Meios de comunicação debilitam a capacidade de crítica num mundo globalizado Este sábado, Bento XVI advertiu que o poder dos Meios de Comunicação Social debilita a capacidade de crítica num mundo globalizado. Na missa que celebrou na Basílica de São Pedro por ocasião da festividade da Epifania, o Papa actualizou a metáfora dos Reis Magos e falou, primeiro, sobre os dias de hoje. “Um mundo profundamente transformado e que, pela primeira vez na história, está diante do desafio de uma civilização global” – disse Bento XVI afirmou que o Concílio Vaticano II foi realizado na alvorada dessa nova sociedade para enfrentar os desafios colocados por essas mudanças, segundo as quais “o centro já não podia ser a Europa nem o que chamamos de Ocidente e Norte”. Surgia naquela época, segundo Bento XVI, “a exigência de elaborar uma nova ordem mundial política e económica, mas, ao mesmo tempo e especialmente, espiritual e cultural; ou seja, um novo humanismo”. Bento XVI observou que “é fácil perder de vista esse desafio”, talvez porque a sociedade actual esteja envolvida precisamente nessa fase. Esse risco é “fortemente agravado pela grande expansão dos meios de comunicação de massa que, por um lado, multiplicam indefinidamente as informações e, por outro, parecem debilitar a nossa capacidade de uma síntese crítica”. O papa afirmou que, nesse contexto, os Reis Magos de hoje seriam “os governantes, os intelectuais e cientistas e os grandes guias espirituais das religiões não cristãs”. “A dois mil anos de distância, podemos reconhecer na figura dos Reis Magos uma espécie de prefiguração destas três dimensões do humanismo moderno: a dimensão política, a científica e a religiosa” – assegurou.