Bento XVI condenou os atentados terroristas de terça-feira nos transportes públicos de Bombaim, Índia, os quais causaram pelo menos 190 mortos. Num telegrama enviado às autoridades civis e eclesiásticas indianas, através do Cardeal Angelo Sodano, o Papa manifesta-se “profundamente entristecido” com “estes actos sem sentido contra a humanidade”. Os sete atentados com explosivos atingiram comboios e o metropolitano dos subúrbios de Bombaim, a capital económica da Índia, causando ainda 625 feridos, de acordo com últimos números da polícia. As explosões deram-se ao fim do dia, numa altura em que os comboios estavam cheios de pessoas que regressavam a casa após um dia de trabalho. Assegurando a sua proximidade espiritual, Bento XVI invoca sobre as famílias enlutadas e sobre os feridos “os dons divinos da força, da consolação e do conforto”. O jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, publicou um artigo no qual afirma que tanto as explosões de Bombaim, como os atentados contra as Torres Gémeas e em Madrid “foi escolhido o 11º dia do mês para se realizar um ataque cruel contra a população civil”. A edição de hoje do diário condena esta “cruel estratégia do terror”, acrescentando que as circunstâncias dos ataques fazem “com que se pense mais numa escolha precisa do que num acaso”. De acordo com o “Osservatore Romano”, talvez se trate de “um sinistro desejo de emulação dos ataques contra Nova Iorque e Washington, quase como uma vontade de reafirmar o angustiante desenho da morte que desde 11 de Setembro de 2001 é lançado sobre o mundo”.