Bento XVI baptizou 13 crianças Ao meio-dia, na alocução antes do Angelus dominical, Bento XVI sublinhou os baptizados a que tinha procedido de manhã e convidou a “rezar por estes novos cristãos, e pelos seus pais e padrinhos e madrinhas”. O Papa referiu que o Baptismo de Jesus no Jordão é a “antecipação do seu baptismo de sangue, na Cruz, e símbolo da actividade sacramental com que o Redentor realizará a salvação da humanidade”. Bento XVI afirmou ainda que “o Baptismo de Jesus no Jordão é recordado e posto em evidência, embora num grau diverso, por todos os Evangelistas.” No domingo do Baptismo do Senhor, Bento XVI baptizou 13 crianças na Capela Sistina. Seguindo a prática estabelecida pelo seu antecessor, João Paulo II, Bento XVI procedeu, neste domingo, ao baptismo de um grupo de crianças. A celebração teve lugar na Capela Sistina. Como fizera no ano passado, também desta vez Bento XVI improvisou a sua homilia, em tom coloquial e familiar, dirigindo-se aos pais e padrinhos e realizando uma verdadeira catequese sobre o sacramento do baptismo, com destaque para o simbolismo da água. Na missa da Epifania, na basílica de S. Pedro, Bento XVI recordou que, não obstante os vinte séculos passados desde que foi revelado e realizado em Cristo, “o mistério da salvação universal ainda não chegou à sua realização completa. Como escreveu João Paulo II, “a missão encontra-se ainda nos seus inícios”. O próprio Concílio Vaticano II foi inteiramente impulsionado pelo desejo de anunciar à humanidade contemporânea Cristo luz do mundo. “No coração da Igreja, a partir da sua hierarquia, emergiu impetuosamente, suscitado pelo Espírito Santo, o desejo de uma nova epifania de Cristo no mundo, um mundo que a época moderna tinha profundamente transformado e que pela primeira vez na história se encontrava perante o desafio de uma civilização global, cujo centro já não podia ser a Europa, nem sequer os chamados Ocidente e Norte do mundo”. A solenidade da Epifania oferece aos crentes em Cristo uma perspectiva aberta e universal, a “partir da manifestação de um Deus que se revelou na história como luz do mundo, para guiar e introduzir finalmente a humanidade na terra da promessa, onde reinam liberdade, justiça e paz”. Passando depois à questão inicialmente formulada (quem são hoje os «magos» e a que ponto está a sua – e nossa – “viagem”), Bento XVI evocou as «Mensagens» finais que o Concílio Vaticano II dirigiu a toda a humanidade, nomeadamente “aos governantes” e “aos homens de pensamento e de ciência”. A estes dois grupos de pessoas – observou o Papa – haveria que acrescentar os “guias espirituais das grandes religiões do mundo”, bem presentes aliás no espírito dos Padres conciliares. “À distância de dois mil anos, podemos portanto reconhecer nas figuras dos Magos uma espécie de prefiguração destas três dimensões constitutivas do humanismo moderno: a dimensão política, científica e religiosa. A Epifania mostram-nas em estado de ‘peregrinação’, isto é num movimento de busca que, em última análise, tem o seu ponto de chegada em Cristo. Ao mesmo tempo mostra-nos Deus que por sua vez vem em peregrinação ao encontro do homem: quem é de facto Jesus, se não Deus saído, por assim dizer, de si mesmo, para vir ao encontro da humanidade? Foi por amor que Ele se fez história na nossa história; por amor veio a trazer-nos o germe da vida nova e a semeá-lo nos sulcos da nossa terra, para que germine, floresça e dê fruto”. “A todos os homens do nosso tempo quereria hoje repetir: não tenhais medo da luz de Cristo! A sua luz é o esplendor da verdade. Deixai-vos iluminar por Ele, povos da terra; deixai-vos envolver pelo seu amor e encontrareis a via da paz. Assim seja” – concluiu.