Bento XVI assinalou 60 anos da Ajuda à Igreja que Sofre

Bento XVI assinalou os 60 anos da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre(AIS) durante a recitação do Angelus dominical, em Castel Gandolfo. O Papa dirigiu-se, em alemão, aos dirigentes da organização católica internacional, com projectos em mais de 130 países “Queridos amigos, estai certos do agradecimento e da oração do sucessor de Pedro pelo vosso trabalho, que é um testemunho eloquente do amor de Deus. Mostrai às pessoas também no futuro que Deus existe para nós como um pai amoroso, tal como hoje ouvimos no Evangelho”, disse. “Onde Deus vive nos corações das pessoas, podem prosperar a paz e a justiça social. Queremos ser instrumentos do amor de Deus no nosso mundo. Que Deus vos abençoe a todos”, acrescentou. A Fundação e os seus dirigentes promoveram uma conferência internacional em Castel Gandolfo de 13 a 16 de Setembro. A este encontro chegou uma carta de felicitações do Papa, enviada através do Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone. “Bento XVI, em nome de quem vos dirijo estas linhas, olha com todos vós cheio de gratidão para a história de 60 anos da Ajuda à Igreja que Sofre e assegura-vos, nesta ocasião, e a toda a Obra com todos os seus benfeitores e parceiros de projectos por todo o mundo, a sua ligação espiritual e a seu especial oração”, refere o documento. O Papa recorda que “o esquecimento de Deus por parte de muitas pessoas e de sociedades inteiras pertence aos sofrimentos mais profundos e primordiais do nosso tempo”. “Por um lado, a pressão do secularismo e do relativismo como correntes culturais dominantes em surgimento, e em parte ditatoriais, impulsionaram muitas pessoas e também não poucos cristãos baptizados para uma situação de efectivo distanciamento de Deus. Por outro lado, continua a haver países onde as pessoas não podem viver livremente a sua fé em Jesus Cristo”, assinala a missiva. A mensagem deixa votos de que a AIS continue a “aplicar a maior parte dos seus recursos na promoção de vocações espirituais e fiéis empenhados, para que estes disponham de uma formação amplamente espiritual, humana, intelectual e pastoral, bem como dos necessários meios materiais, para funcionarem como ferramenta eficaz da graça divina nas suas Igrejas locais e na missão”. Prioridades Neste contexto, dois assuntos exigem uma atenção particular. “Em primeiro lugar, é evidente que os meios de comunicação social exercem actualmente uma enorme influência sobre a cultura e a vida das pessoas. Com a colaboração e direcção de cristãos competentes e fiéis podem fazer muito pela difusão da Boa Nova do Evangelho de Cristo e dos valores cristãos”, escreve o Papa. “A Igreja precisa urgentemente de pessoas, através das quais Deus possa estar presente de uma maneira mais forte neste vasto campo, que confiram à sua palavra uma voz e uma figura e que aproveitem todas as possibilidades técnicas disponíveis da forma mais conveniente, para que a sua mensagem salutar possa chegar a todos os confins da Terra”, acrescenta. Bento XVI manifesta ainda “grande apreensão” pela situação de algumas Igrejas particulares com tradição secular, c”uja existência está actualmente ameaçada no Próximo e Médio Oriente, bem como para inúmeros católicos que têm de viver a maior parte do tempo sem acompanhamento espiritual e não podem professar a sua fé em conjunto e publicamente, ou só o podem fazer de forma limitada”. “Nas presentes circunstâncias a Igreja nalguns países só tem muito pouco espaço para a sua actividade pastoral, mas o Espírito Santo pode também aí abrir possibilidades impensáveis para o cumprimento da sua missão através de métodos criativos e inteligentes e conduzir muitas pessoas à fé em Jesus Cristo”, assinala. Em conclusão, a mensagem deixa votos de que “Deus Todo-Poderoso envie à Obra Ajuda à Igreja que Sofre luz e força, para que no futuro também possa ajudar onde o sofrimento da Igreja é maior. Para tal, Sua Santidade o Papa Bento XVI concede de coração a implorada Bênção Apostólica a todos vós, bem como aos colaboradores e benfeitores, por intercessão da Santíssima Virgem de Fátima, sob cuja protecção vos colocastes de forma particular”. No Domingo, o Papa ofereceu uma pequena estátua de Nossa Senhora de Fátima, para ser colocada na sede central da AIS. “Quero dizer que se deixem iluminar pela bondade da Virgem Santíssima, que aprendam a ternura do seu amor pelo seu filho Jesus e que, assim, superem com paciência e alegria as dificuldades da vida quotidiana”. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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