Patriarca libanês condena reacção israelita Bento XVI disse ontem apoiar a iniciativa do G8 relativamente ao envio de uma força internacional a fim de ajudar a estabilizar o sul do Líbano. “Estou plenamente de acordo com o comunicado do G8, parece-me que ele está no bom caminho”, declarou o Papa aos jornalistas, quando regressava de um passeio, no Vale de Aosta (norte de Itália), onde está de férias. Os oito países mais industrializados do mundo anunciaram Domingo verem com agrado que o Conselho de Segurança das Nações Unidas examine a possibilidade de uma presença internacional de segurança e/ou de vigilância no sul do Líbano, onde Israel lançou uma vasta ofensiva militar contra a milícia radical do Hezbollah xiita. Terça-feira, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, explicou que esta força deverá ter homens e meios suficientes para “dar tempo” a Beirute de desarmar as milícias do Hezbollah, mas advertiu que a trégua necessária para o seu envio continuava fora do alcance. Desproporção O Patriarca maronita católico do Líbano, Cardeal Nasrallah P. Sfeir, já condenou a reacção israelita aos ataques do Hezbollah, que classificou como desproporcionada. Esta posição foi apresentada ao vice-presidente dos EUA, Dick Cheney. “O Líbano está praticamente destruído, as estradas, as pontes, os portos, tudo está desfeito”, lamentou, em declarações à agência católica norte-americana CNS. O Cardeal Sfeir disse ainda que o governo libanês é “fraco” e que não é capaz de se opor aos agressores.