Bento XVI apela ao diálogo no Tibete

Na audiência geral, o Papa recorda a importância dos dias santos como preparação para a Páscoa Bento XVI lembrou o sofrimento provocado pelos conflitos no Tibete. “Sigo atentamente as notícias do Tibete. O meu coração de padre sente dor pelo sofrimento de tantos”, afirmou o Papa. “Neste dias de Páscoa estamos particularmente sensíveis ao drama, que não se resolve com conflitos, mas com o diálogo”, apontou. Bento XVI pediu coragem para “escolher a via do diálogo e da tolerância”. Na audiência semanal, decorrida na sala Paulo XVI, o Papa lembrou que os próximos três dias, que se chamam santos, “revivem o evento central da nossa Redenção”, conduzem ao núcleo central da fé cristã – a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Bento XVI quis recordar “a viva memória de sofrimento que o Senhor enfrentou por nós” e apelou à preparação “para celebrar com alegria, no próximo Domingo, a festa da Páscoa”. Na Quinta feira santa, a Igreja faz memória da última ceia durante a qual foi instituído o Sacramento da Eucaristia e o do sacerdócio ministerial. Bento XVI apontou que “neste sacramento de salvação, o Senhor oferece e realiza para todos os que crêem nele, a mais íntima união entre a nossa e a sua vida”. Com o gesto humilde mas expressivo do lava pés, “somos convidados a recordar o que o Senhor fez ao apóstolos – lavando os seus pés proclamou o amor que se faz serviço, antecipando o sacrifico supremo da sua vida que se irá consumar no Calvário”. Estes dias singulares “orientam-nos para a adesão generosa e convicta. Renovaremos o nosso «sim» à vontade divina como fez Jesus com o sacrifício da cruz”. Os ritos de Quinta feira, Sexta Feira, o silêncio da oração de Sábado Santo e a Vigília Pascal “são oportunidades para aprofundar o sentido e o valor da nossa vocação cristã, que se concretiza na fé em qualquer circunstância”. “Fazer memória do mistério de Cristo significa viver em profunda adesão todos os dias da história, convictos que o que celebramos é uma realidade viva e actual”, apontou o Papa. Bento XVI pediu orações pelas situações que afligem a humanidade. “Sabemos que o ódio, a divisão e a violência não têm mais a última palavra nos acontecimentos da história”. “Hoje reavivamos a grande esperança: Cristo crucificado ressuscitou e conquistou o mundo. Devemos, a partir dele, construir um mundo fundado sobre a paz, sobre a justiça e sobre o amor”.

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