Bento XVI apela à «profunda conversão»

Terminando a reflexão sobre o percurso de Santo Agostinho, o Papa dá conta da marca deste santo na sua vida Neste tempo de Quaresma, Bento XVI apela ao “esforço pessoal e comunitário de adesão a Cristo” para ser “testemunho do seu amor”. Na audiência geral das Quartas feiras, o Papa conclui a reflexão sobre Santo Agostinho, incidindo, em especial, sobre a conversão interior. Ao ler as “Confissões” de Santo Agostinho, “percebemos que a sua conversão foi um processo de uma vida, uma jornada marcada pela apaixonada busca da verdade”. Bento XVI aponta que, apesar de viver uma “vida errante” ainda jovem, Agostinho aprendeu com a sua mãe “o amor ao nome de Cristo”. A filosofia Platónica conduziu-o ao reconhecimento da existência do Logos, ou da razão criativa no Universo, que mais tarde, veio a perceber na totalidade com a leitura de São Paulo e o encontro da fé em Cristo, traçou o Papa. Agostinho completou a primeira fase de procura pela verdade quando foi baptizado, em Milão, pelo Bispo Ambrósio. A segunda fase da sua conversão aconteceu com o seu regresso a África, onde encontrou um pequeno mosteiro e um grupo de amigos dedicados à contemplação e ao estudo. Três anos depois, Agostinho foi ordenado sacerdote e voltou-se para a vida activa, empregando os frutos do seu estudo e reflexão ao serviço dos outros, através da pregação e do diálogo. “A última fase foi uma conversão de humildade profunda, onde diariamente pedia perdão a Deus”, mostra Bento XVI. O Papa afirma que Agostinho foi um marco na sua vida e no seu ministério. Bento XVI reconhece que a primeira parte da sua primeira encíclica Deus Caritas Est “devo ao pensamento de Santo Agostinho”. “A minha esperança é que todos nós possamos aprender com esta enorme e humilde conversão e ver com tamanha claridade que Cristo é a verdade e o amor”.

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