Bento XVI acredita no relançamento da Vida Consagrada

Bento XVI deixou hoje um “não” ao pessimismo nos Institutos de Vida Consagrada, apesar dos efeitos da crise vocacional dos últimos anos. Segundo os últimos dados disponibilizados pela Santa Sé, entre 1978 e 2003 assistiu-se a uma quebra significativa no número de religiosos e religiosas no mundo (27,94% e 21,65% respectivamente). “Não há nenhum âmbito humano ou eclesial onde os consagrados não estejam presentes, muitas vezes de modo silencioso, mas sempre actuante e criativo”, sustenta o Papa. Numa mensagem enviada ao prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, D. Fanc Rodé, Bento XVI defende que “uma autêntica renovação da vida religiosa não pode acontecer senão tentando conduzir uma existência plenamente evangélica”. O texto, escrito por ocasião da assembleia plenária do Dicastério da Cúria Romana, recorda o 40º aniversário da promulgação do Decreto Conciliar “Perfectae caritatis”, sobre a renovação da vida religiosa, manifestando o desejo de que “as orientações fundamentais oferecidas pelos padres conciliares para o caminho da Vida Consagrada continuem a ser, também hoje, fonte de inspiração para os que comprometem a sua existência ao serviço do Reino de Deus”. “A Vida Consagrada, no início do novo milénio, tem diante de si desafios formidáveis, que só pode enfrentar em comunhão com todo o povo de Deus, os seus pastores e com o povo dos fiéis”, acrescentou. Entre esses desafios, é enunciado o do “exercício da autoridade”, definido como “um serviço necessário e precioso, para assegurar uma vida autenticamente fraterna, na busca da vontade de Deus”. Na sua mensagem, o Papa lembra que o Espírito Santo enriqueceu a Igreja, no decorrer da história, “com formas sempre novas de vida evangélica, através da obra de fundadores e fundadoras que transmitiram o seu carisma a uma família de filhos e filhas espirituais”. Bento XVI agradece aos consagrados “a grande obra de evangelização e testemunho em todos os continentes” e deixa uma palavra especial aos mosteiros e centros de espiritualidade, que classifica como “oásis de contemplação e escolas de oração, de educação da fé e de acompanhamento espiritual”.

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