Bento XVI entregou exortação apostólica que encerra segundo sínodo para a África aos presidentes das conferências episcopais e regionais
Cotonou, Benim, 20 nov 2011 (Ecclesia) – Bento XVI entregou hoje aos bispos de África um roteiro para a ação dos católicos neste continente, durante os próximos anos, pedindo atenção às “pessoas que, duma maneira ou doutra, estão afastadas da Igreja”.
“Este texto pretende promover, estimular e consolidar as diversas iniciativas locais já existentes, mas quer também inspirar outras para a Igreja Católica na África”, disse o Papa, após a missa a que presidiu no Estádio da Amizade, Benim, perante dezenas de milhares de pessoas.
A exortação apostólica pós-sinodal ‘Africae Munus’, ‘O serviço de África’, foi entregue pessoalmente aos presidentes das 35 conferências episcopais, das sete conferências regionais de bispos e dos sínodos das Igrejas Orientais Católicas, em inglês, francês e português, as línguas oficiais do documento assinado sábado, na cidade costeira de Ajudá (Bento XVI assinou ainda um exemplar em italiano).
O documento encerra o processo da II Assembleia Especial para África do Sínodo dos Bispos, que decorreu no Vaticano, em outubro de 2009, com mais de 240 participantes, sobre os temas da justiça, da paz e da reconciliação.
“Espero que esta Exortação vos possa guiar no anúncio da Boa Nova de Jesus na África. Não se trata apenas duma mensagem ou duma palavra; mas é sobretudo abertura e adesão a uma Pessoa: Jesus Cristo, o Verbo encarnado”, disse Bento XVI.
“A evangelização pressupõe e inclui também a reconciliação, e promove a paz e a justiça”, acrescentou.
Em português, o Papa deixou votos de que a Igreja Católica seja “o sal da terra africana, abençoada pelo sangue de tantos mártires, homens, mulheres e crianças, testemunhas da fé cristã até ao dom supremo da própria vida”.
“Torna-te luz do mundo, luz da África que muitas vezes, no meio das provações, procura o caminho da paz e da justiça para todos os seus habitantes”, pediu.
Mais tarde, na recitação da oração do Angelus, o Papa convidou os católicos a cultivarem os “valores familiares cristãos”.
“Quando tantas famílias estão separadas, exiladas, enlutadas por conflitos sem fim, sede os artífices da reconciliação e da esperança”, concluiu.
A visita de Bento XVI ao Benin, iniciada sexta-feira, encerra-se esta tarde, no aeroporto internacional de Cotonou.
OC
