Cidade do Vaticano, 18 dez 2013 (Ecclesia) – A Basílica da Natividade, em Belém, que todos os natais acolhe dezenas de milhares de pessoas, está a sofrer desde setembro remodelações urgentes no teto e nas janelas, que poderão demorar cinco anos a estar concluídas.
“As autoridades locais financiaram grande parte das obras, o governo colocou à disposição um milhão de dólares, enquanto 800 mil vieram do setor privado. O restante vem de países como a França, Hungria, Rússia, Grécia, que contribuíram com cerca 3 milhões de dólares”, explicou Ziad al-Bandak Said, conselheiro de Mahmoud Abbas para os Assuntos Cristãos.
A primeira fase da restauração deve demorar um ano e está a cargo de uma empresa italiana especializada em reformas de locais históricos, adianta a Rádio Vaticano.
Neste momento focam-se na reparação das centenas de vigas de madeira do teto e “se houver financiamento as obras serão concluídas em cinco anos”.
“O teto foi magistralmente restaurado por carpinteiros venezianos em 1478 e o projeto pretende manter o maior número possível das partes originais, tanto que substituiremos somente aquelas que não são mais funcionais”, revelou Giammarco Piacienti, presidente da sociedade responsável pela remodelação, à emissora pontifícia.
Para além da intervenção inicial no teto e nas janelas, no futuro a fachada e os rebocos internos, os mosaicos murais, as pinturas e as obras em madeira também necessitam de ser remodeladas.
A Basílica da Natividade é lugar de culto da Igreja Católica, da Igreja greco-ortodoxa e da Igreja Arménia,
“As obras de restauro não compreendem a Gruta da Natividade, onde segundo tradição Jesus nasceu e cujo local é assinalado por uma estrela de prata”, informa o portal de notícias do Vaticano.
Em 2011, a organização sem fins lucrativos ‘World Monuments Fund’, que se dedica à tutela de sítios históricos com sede nos Estados Unidos da América, inseriu a igreja numa lista de locais ameaçados.
A Basílica da Natividade faz parte da lista de Património Mundial da UNESCO, desde 2012.
RV/CB/OC