Beja: Novo bispo pede aos sacerdotes «zelo para procurar as muitas ovelhas perdidas»

D. João Marcos enviou mensagens às comunidades e ao clero diocesano

Beja, 03 nov 2016 (Ecclesia) – O novo bispo de Beja destacou hoje, numa mensagem dirigida à diocese e ao clero, a intenção de “ser um sinal vivo de esperança cristã” para todas as populações, em especial para as mais carenciadas da região.

“Por tantos de vós que atravessais momentos difíceis porque estais desempregados, doentes ou tendes desfeita a vossa vida familiar e sofreis a solidão e carências de ordem material e espiritual, peço a Deus a graça de ser manifestador da Sua misericórdia para quantos habitam e trabalham no Baixo Alentejo e no Alentejo Litoral”, diz D. João Marcos.

No documento enviado à Agência ECCLESIA, o bispo de 67 anos sublinha a intenção de “dar continuidade ao trabalho” do seu antecessor, D. António Vitalino, “procurando traduzir na vida da diocese as proposições do Sínodo Diocesano recentemente celebrado”.

Um percurso de reflexão que evidenciou a necessidade de uma revitalização da vivência cristã das comunidades, a partir de um projeto de evangelização, de iniciação cristã.

“Todos sentimos a urgência de uma evangelização básica que, em vez de procurar remendar o tecido eclesial quase desfeito que herdámos dos tempos da cristandade, proporcione aquela renovação profunda preconizada e preparada pelo Vaticano II, pela qual os últimos Papas têm pugnado, e que tanto nos tem sido recomendada por eles”, escreve D. João Marcos.

Aos sacerdotes e diáconos, seus “cooperadores” na missão, o novo bispo de Beja pede esforço e união na perseguição dos objetivos pastorais e na transformação da “Igreja diocesana e de cada paróquia numa casa e escola de comunhão, verdadeiros oásis de misericórdia”.

"Vós sois as minhas mãos e os meus pés: pés calçados com o zelo para procurar as muitas ovelhas perdidas e para levar a todos o Evangelho da salvação, e mãos para acolher e abençoar, para trabalhar e servir os irmãos”, recorda o prelado.

Na sua reflexão, D. João Marcos recorda um momento importante que se avizinha e que é preciso “preparar”, os 250 anos da restauração da Diocese de Beja, marcados para 2020.

“Quanto ao mais, vamos trabalhar humildemente na consolidação dos fundamentos do edifício eclesial que o Senhor quer levantar connosco para podermos enfrentar as grandes tempestades que se desenham no horizonte deste século XXI”, conclui.

D. João Marcos era até agora bispo coadjutor de Beja, tendo chegado à diocese alentejana em 2014 por solicitação do seu antecessor, D. António Vitalino, que esta quinta-feira apresentou a renúncia o cargo, por ter completado 75 anos de idade.

JCP

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Agência ECCLESIA

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