Diocese local colabora com Ministério do Ambiente para conservar a biodiversidade no Baixo Alentejo e dar nova vida a igrejas e santuários
Lisboa, 13 Jan (Ecclesia) – A Diocese de Beja uniu esforços com o Ministério do Ambiente para preservar a riqueza ambiental do Baixo Alentejo, um projecto que vai permitir ainda dinamizar o património cultural e religioso daquela região.
“Muitas das nossas Igrejas e santuários são locais escolhidos por espécies protegidas, em risco de extinção, para sobreviverem”, explica José António Falcão, director do Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da diocese de Beja, em declarações ao programa ECCLESIA.
“A maior parte escolhe monumentos que permanecem fechados durante todo o ano, estruturas pouco aproveitadas nesta perspectiva da biodiversidade e que agora importa valorizar e dinamizar” acrescenta aquele responsável.
O projecto, traçado em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), está aberto a todo o tipo de apoios, nacionais e internacionais, mas acima de tudo, pretende envolver os organismos locais, como por exemplo as escolas.
“Gostaríamos muito que as escolas do Alentejo, também em todo o país e até fora das nossas fronteiras, pudessem colaborar em tarefas tão simples como o acompanhamento das condições de vida das espécies ou a detecção de potenciais perigos” realça José António Falcão, recordando que “hoje em dia, com a ajuda de webcams, isso já é possível”.
A ideia é preservar quer a fauna e a flora existentes, quer o património edificado, numa perspectiva de acompanhamento, envolvendo a sociedade civil e as entidades oficiais.
“Dinamizar a visitação das áreas protegidas é a melhor forma de proteger” reforça Tito Rosa, presidente do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).
Neste momento, aquela entidade já disponibilizou os seus recursos humanos no sentido de “gizarem as acções da melhor forma possível”.
Na procura de reunir mais-valias para o projecto, o ICNB não esquece a componente turística.
“Que o mundo da cidade venha até ao mundo rural, mas não apenas de auto-estrada, sem parar, sem olhar” convida Tito Rosa, para quem “se as pessoas visitarem e compreenderem, amanhã como cidadãos vão estar disponíveis para colaborar na preservação de todo este património”.
JCP