Teresa Chaves e José Quirino falam sobre como está a decorrer o Sínodo Diocesano
Lisboa, 05 dez 2014 (Ecclesia) – A Igreja Católica de Beja está apostada em reforçar nos alentejanos o dinamismo cristão e social necessário para que eles possam ser agentes de mudança num território pobre, desertificado mas com muito potencial.
Sobre esta matéria, a Agência ECCLESIA falou com os dois leigos que integram a Comissão do Sínodo Diocesano de Beja, Teresa Chaves e José Quirino.
Em declarações que podem ser lidas na edição mais recente do Semanário ECCLESIA, os dois responsáveis partilham a esperança de que aquela iniciativa, em marcha desde 2012, contribua para fomentar nas populações um sentido de maior “corresponsabilidade” para com o destino da região e da própria Igreja.
Para o antigo autarca José Quirino, os cristãos do Alentejo devem olhar para a sua região como “uma terra de missão” e emprestar a sua voz em defesa do seu “desenvolvimento”.
No que toca ao seu papel dentro da Igreja Católica, aquele responsável defende a importância de “leigos formados” que com uma “fé esclarecida” respondam à escassez de sacerdotes.
“Há padres que têm concelhos sozinhos, estão a fazer todas as paróquias, é um bocado desgastante”, frisa José Quirino.
Teresa Chaves, atualmente à frente da Cáritas Diocesana de Beja, aponta agulhas para a mobilização de “todas as paróquias” para a prática de uma “caridade organizada”, que possa fazer face à crise que ainda atinge o Alentejo e o país.
Um prioridade que é mesmo tema em destaque na caminhada sinodal deste ano, na Diocese de Beja.
Apoiar as pessoas em situação de desemprego e pobreza é um passo, mas o ponto fulcral da ação sociocaritativa deve ser fomentar a “autonomia”.
“As pessoas têm de ser acompanhadas e ajudadas a encontrar um caminho para que sejam autónomas e não necessitem mais dos apoios”, frisa Teresa Chaves.
LS/JCP