Beja: Festival «Terras sem Sombra» debate o futuro da cortiça alentejana

Beja, 26 out 2011 (Ecclesia) – O Festival «Terras sem Sombra» promove um seminário, hoje, em Grândola, diocese de Beja, sobre o futuro da cortiça alentejana.

Esta ação pioneira de sensibilização em torno do montado destina-se “a promover a salvaguarda de uma realidade abrangente, tanto do ponto de vista da defesa dos recursos naturais como em termos socioeconómicos” e une cientistas, produtores e industriais, lê-se num comunicado de imprensa enviado pela entidade organizadora.

A iniciativa envolve as populações locais, com destaque para as escolas da região, os artistas, o mundo científico e as diversas fileiras da atividade corticeira.

Ligar o património, a cultura e especialmente a música à causa da biodiversidade é o rumo escolhido pela entidade organizadora do Festival, o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.

O montado é um “ecossistema deveras particular, criado pelo homem há muitos séculos e constituído por matas de sobreiros e subsiste apenas na bacia do Mediterrâneo, com destaque para o sul da Península Ibérica.

No caso de Portugal, país com “a maior extensão de sobreiros do mundo (33% da área mundial), principal exportador de cortiça e líder no fabrico de rolhas, o montado encontra-se legalmente protegido, sendo proibido o seu abate e incentivada a sua exploração” – refere o comunicado.

Prosseguindo a atividade já efetuada no terreno pelo Festival Terras sem Sombra, a APCOR – Associação Portuguesa da Cortiça – o Município de Grândola, a Associação de Agricultores de Grândola e o Departamento do Património da Diocese de Beja promovem o seminário «Valor dos Serviços Públicos do Montado de Sobro»

LFS

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Agência ECCLESIA

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