«Beja, caminhando na esperança» é o lema do documento, apresentado no Dia Diocesano
Beja, 29 set 2025 (Ecclesia) – A Diocese de Beja apresentou o plano pastoral 2025/26, com o lema ‘Beja, caminhando na esperança’, tendo como horizonte a implementação do processo sinodal em curso.
“Um aspeto fundamental deste plano, em comunhão com toda a Igreja e em sintonia com as orientações da Santa Sé, é a implementação do processo sinodal em curso”, pode ler-se no documento enviado à Agência ECCLESIA, que foi apresentado no Dia Diocesano, a 20 de setembro.
No Plano Pastoral, a Diocese de Beja destaca que concretizar o caminho sinodal é “um processo de conversão pastoral e espiritual que atinge todas as dimensões da vida eclesial”.
“É uma busca constante de fidelidade ao Evangelho, na atenção aos sinais dos tempos e no diálogo com a cultura contemporânea, sem perdermos a nossa identidade e a essência missionária da Igreja”, acrescentou.
Inspirado na dinâmica sinodal, que convida a escutar, discernir e agir em conjunto, o documento aponta para “uma Igreja mais próxima, dialogante e missionária, estruturada em três grandes eixos: “formação e espiritualidade, comunicação e sinodalidade, e evangelização e pastoral”.
São destacadas quatro áreas como prioritárias: Iniciação Cristã, Pastoral Familiar, Pastoral Vocacional e Pastoral Socio-Caritativa.
O Plano Pastoral salienta que a “Iniciação Cristã ocupa um lugar central” e que está “intrinsecamente ligada ao espírito do Caminho Sinodal vivido pela Igreja hoje”.
“Um ponto estratégico na dinâmica sinodal deste programa, poderá passar, a nível paroquial ou interparoquial, pela constituição de uma pequena equipa de leigos, sacerdotes e religiosos(as) que assuma a tarefa de dinamizar a preparação para os sacramentos, tornando este processo mais comunitário, enriquecedor e talvez diversificado”, indica.
Relativamente à Pastoral Familiar, a Diocese de Beja evidencia que a família deverá ser uma prioridade pela importância de que a mesma se reveste na educação cristã desde o berço.
“A Igreja tem de ser capaz de dialogar com as famílias, ser presença acolhedora das suas realidades específicas e saber fazer a sua integração nas iniciativas pastorais”, frisa.
Também “o cuidado pelas vocações deve ser assumido como outra prioridade na vida da Igreja e da Diocese”, lê-se no plano, “reservando um lugar fundamental e consistente à oração pelas várias vocações, com propostas abrangentes, inovadoras e exequíveis”.
Sendo a Pastoral Socio-Caritativa uma das prioridades, a Diocese de Beja propõe “cuidar das várias formas de pobreza, marginalização e exclusão, ir ao encontro das periferias existenciais”.
“Dar a atenção devida aos que tendo um lugar preferencial no ‘coração de Deus’ também o devem ter ‘no coração da Igreja’”, desenvolveu.
A Diocese de Beja explica que “os pontos a concretizar neste Plano Pastoral não são tudo o que se vai fazer ao longo do ano”, adiantando que os que ali se apresentam “serão para ter em maior atenção”.
“Pois toda a dinâmica pastoral passa por mais do que está neste documento. O trabalho evangelizador em cada comunidade deve continuar nos seus dinamismos próprios e ser aperfeiçoado com a ajuda e a partir deste Plano Pastoral”, enfatiza.
“Este conjunto de propostas expressa o desejo e a intenção de sermos uma Igreja mais próxima, formada, comunicativa e missionária, alicerçada na escuta e no discernimento conjunto. Que o Espírito Santo continue a conduzir-nos neste caminho sinodal, fortalecendo a nossa comunhão e tornando cada comunidade sinal vivo do amor de Deus no mundo”, conclui.
O Sínodo dos Bispos, instituído por São Paulo VI em 1965, pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja.
A fase de implementação do processo sinodal tem como ponto de referência comum o documento final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (2021-2024), aprovado pelo Papa Francisco.
LJ/OC