Beja: Diocese convida a conhecer «significado social» do Cante Alentejano

Arte elevada pela UNESCO a património cultural da humanidade em destaque no festival «Terras Sem Sombra»

Beja, 23 mai 2015 (Ecclesia) – A Diocese de Beja vai dar a conhecer este domingo “a origem, a evolução, as características artísticas e o significado social” do Cante Alentejano, património cultural da humanidade, no âmbito do festival “Terras Sem Sombra” 2015.

Segundo um comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a iniciativa terá lugar este domingo na aldeia do Salto, em São Marcos da Ataboeira, através de “uma oficina de Cante Alentejano”, com o agrupamento musical “Os Ganhões”, de Castro Verde.

Está integrada na ação de defesa do ambiente e da biodiversidade alentejana que a organização do festival preparou para sábado e domingo, e que acontece sempre no dia a seguir aos concertos incluídos no cartaz do certame.

Assim, o programa começa por desafiar artistas e público em geral a embarcarem numa viagem ao encontro de algumas das tradições gastronómicas e religiosas mais emblemáticas da região.

Primeiro na aldeia do Salto, a partir das 09h30, “com a amassadura, por parte de todos os participantes do pão que será cozido de acordo com os ditames da tradição, no forno comunitário dessa localidade”.

Depois os participantes seguirão “em tratores” até à ermida de Nossa Senhora de Aracelis, o “Altar do Céu”, com vista para as planícies alentejanas do Campo Branco.

Um local que é também território privilegiado de uma das aves de rapina “mais ameaçadas da Europa”, a águia imperial ibérica, que as pessoas vão ter oportunidade de observar a partir da colina.

Novamente na aldeia do Salto, a comitiva terá à sua espera um “petisco” confecionado com o pão da manhã, acompanhado como já referido pelo som do Cante Alentejano.

Uma oportunidade, segundo a organização do festival “Terras Sem Sombra”, para “uma alargada troca de impressões sobre o Alentejo”.

Antes deste evento, está marcado para hoje um concerto do contratenor espanhol Carlos Mena, a partir das 21h30 na Basílica Real de Castro Verde.

O gabinete de imprensa da Diocese de Beja convida as pessoas a contactarem “com as raízes mais profundas” do chamado “século de Ouro espanhol” (XVI-XVII), período muito rico em “espiritualidade musical”, pela voz de um “grande mestre da música ibérica”.

Acompanhado ao órgão por Carlos Garcia-Bernalt e à vihuela (instrumento do período quinhentista parecido com uma guitarra) por Juan Carlos Rivera, o contratenor Carlos Mena vai realçar valores como o “misticismo e a intimidade”, num espetáculo “em formato camerístico”.

O concerto da Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição, matriz de Castro Verde, terá como habitualmente entrada gratuita, mas limitada à lotação do espaço.

JCP

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