Beja, 22 fev 2012 (Ecclesia) – O presidente da Câmara Municipal de Beja afirmou hoje que D. Manuel Falcão, bispo emérito da diocese que faleceu esta terça-feira, fez um “trabalho excecional” na comunidade e “deixa uma marca inultrapassável” na região.
Jorge Pulido Valente disse à ECCLESIA que teve a “felicidade” de conhecer “um homem de nível extraordinário, com uma atitude perante a vida e os outros igualmente extraordinária”.
D. Manuel Falcão entrou na diocese como bispo em janeiro de 1975, nove meses depois da revolução de 25 de abril, que provocou movimentos populares ligados à mudança da propriedade de algumas das grandes herdades alentejanas.
O autarca lembrou que o prelado foi para Beja, 180 km a sudeste de Lisboa, “numa altura muito conturbada da vida da região e soube sempre apaziguar os ânimos”, tendo deixado uma “marca indelével” no “património espiritual, religioso e civil”.
O edil acrescentou que D. Manuel Falcão legou “um testemunho muito forte em termos do património artístico da diocese” ao criar um departamento diocesano que em 2010 foi distinguido pela Igreja Católica em Portugal com o prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes, atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
As exéquias, presididas pelo atual prelado diocesano, D. António Vitalino, decorreram esta manhã na Catedral de Beja com a participação do cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, do núncio apostólico (embaixador da Santa Sé em Portugal), o arcebispo italiano D. Rino Passigato, e de mais de uma dezena de bispos.
PTE/RJM