Beja: D. João Marcos pede pastores que amem a diocese, capazes de chamar à Igreja «católicos não praticantes»

Diocese celebra 100 anos da entrada de D. José do Patrocínio Dias

Agência ECCLESIA/HM

Beja, 05 fev 2022 (Ecclesia) – O bispo de Beja afirmou hoje a necessidade de olhar para as “ovelhas sem pastor” que a diocese hoje tem, “católicos batizados que não escutam a voz dos seus pastores”.

“Católicos não praticantes afastados da missa dominical, da prática dos sacramentos e mandamentos, cuja fé não é a verdadeira fé da Igreja, vivem sem verdadeira esperança cristã. Essas ovelhas precisam ser amadas, de ouvir o anúncio do amor de Cristo para ser cristãos autênticos e não apenas de nome”, afirmou D. João Marcos durante a celebração que evoca os 100 anos da entrada de D. José do Patrocínio Dias na diocese de Beja.

O responsável pediu “trabalhadores com a sabedoria de D. José”, que “amou como esposa, amigo e fiel” a diocese, que “precisa ser hoje amada por outros”.

“Se a amarmos verdadeiramente, sentimo-nos realizados e ajudamos outros a escutar e a responder ao chamamento de Cristo”, indicou.

D. João Marcos recordou a data que marca a entrada de D. José do Patrocínio Dias na diocese como um dia feliz na história da diocese alentejana, ocorrida em “circunstâncias difíceis” e recebido “de forma hostil”.

“Um coração inteligente e pacificado, liberto das paixões é o dom mais generoso para quem tem de governar. D. José fomentou a vida religiosa, transformou em catedral a igreja paroquial de Santiago Maior, formou o cabido diocesano, e como pai amoroso promoveu a construção de casas, em vilas e cidades da diocese”, apontou.

Estátua de D. José do Patrocínio Dias; Agência ECCLESIA/HM

O bispo diocesano lembrou ainda o aniversário dos 75 anos em que a imagem de Nossa Senhora de Fátima percorreu a diocese “e chamou à Igreja uma multidão de fiéis”.

“A diocese será, e é já em boa parte, o que formos e somos. Estamos vivos, hoje em boa parte depende de nós a saúde espiritual da nossa diocese e dos seus fiéis”, sublinhou D. João Marcos.

O responsável pediu que o exemplo de D. José do Patrocínio Dias contagie o “presbitério, hoje melhor do que aquele que D. José encontrou” e, a partir da celebração que os pastores ajudem “a Igreja no século XXI para levar por diante a tarefa da evangelização, como Igreja sinodal”.

“Que a celebração infunda nos corações o amor que nos leve a dar a vida, sem o qual ficamos meros operários e funcionários que apenas procuram o salário”, alertou.

LS

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Agência ECCLESIA

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