Beja, 09 jan 2017 (Ecclesia) – O Centro UNESCO para a Arquitetura e a Arte Religiosas com sede em Santiago do Cacém vai promover uma experiência-piloto na cidade através da abordagem a um aglomerado urbano de oito monumentos-chave, nos dias 13 e 14 de janeiro.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja destaca que o laboratório vai analisar um aglomerado urbano desde a época romana à criação contemporânea para uma leitura, “também ela dinâmica, do território e das suas linhas de força”.
Com o lema ‘Passado Atual e Presente Futuro’ o programa prevê visitas, conferências, projeções de filmes e debates distribuídos entre uma visita de estudo e um “conclave” que terminam com um plenário onde os convidados vão apresentar as suas impressões sobre o que viram e ouviram.
Segundo o DPHA pretende-se levar “novos olhares” que ajudem a entender “o génio da arquitetura local, os seus materiais e as suas técnicas”, bem como, o futuro dos monumentos e das respetivas envolventes.
Neste contexto, foram convidados especialistas de diversas áreas como arquitetura, arqueologia, História, artistas plásticos e urbanistas a quem se juntam professores e alunos da Faculdade de Arquitetura, da Universidade de Lisboa, e do Departamento de Arquitetura, da Universidade de Évora.
O Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja assinala que da “inovadora proposta” que pretende “entender as relações” entre arquitetura, património e urbanismo existe muito para observar em Santiago do Cacém, como o castelo e a igreja matriz; os edifícios da tapada do palácio Avilez; a fonte, a azenha e o aqueduto da Quinta do Rio da Figueira.
A ação assume um carácter “eminentemente prático, transversal e aberto à interação” entre o meio académico e a população local que ainda é “pouco usual” mas corresponde à metodologia que o Centro UNESCO visa difundir e a participação no laboratório é livre, através da inscrição para dpdb@sapo.pt.
O DPHA destaca também que o património sacro português tem vindo “a ganhar protagonismo internacional” e em 2016 obteve reconhecimento da UNESCO “pelo esforço feito na sua salvaguarda” com a criação do Centro UNESCO para a Arquitetura e a Arte Religiosas.
CB/OC