Beja: Bispo motiva comunidade ao serviço perante na sociedade

Beja, 03 dez 2014 (Ecclesia) – O bispo de Beja na sua nota semanal reflete sobre “caminhar sem destino” onde apresenta diferentes exemplos desde a política à religião com a viagem do Papa à Turquia e a ordenação de três diáconos que convidam ao serviço.

“Caminhar sem destino?” foi a pergunta que motivou duas reflexões de D. António Vitalino, e em “Chamados a ser samaritanos no caminho” refere-se aos três jovens que vão ser ordenados diáconos, no dia 8 de dezembro, às 16h00, em Beja, para envolver toda a comunidade, sociedade neste serviço ao outro.

“Vindos de longe há vários anos estão a fazer o seu discernimento vocacional na nossa diocese”, adiantou o bispo que explicou que vão receber o primeiro grau do sacramento da ordem instituído pelos Apóstolos em Jerusalém, para “atender os mais frágeis da comunidade, os órfãos, as viúvas, os doentes”.

Nesse sentido, na nota enviada à Agência ECCLESIA, toda a diocese é motivada a estar atenta “aos mais débeis” para que ninguém “seja esquecido ou passe necessidade”.

Temos de ir até às periferias geográficas e existenciais e pelos caminhos proceder como o bom samaritano, que socorre a pessoa ferida na berma do caminho, apesar de pertencer a uma tribo historicamente inimiga”, desenvolveu D. António Vitalino.

Apesar de existirem instituições e serviços para “socorrer” os cidadãos “nas suas fragilidades” a comunidade não está dispensada de dar atenção aos outros com “necessidades de vária ordem” e “nem sempre as instituições dão resposta”.

No outro tópico, “Becos sem saída”, o bispo diocesano recorda “alguns acontecimentos inesperados” que envolvem políticos e a viagem apostólica do Papa Francisco à Turquia para celebrar a festa do apóstolo Santo André, irmão de São Pedro, entre o dia 28 e 30 de novembro.

“Foram muitos os sinais e as palavras do Papa apelando à reconciliação de todos os cristãos, que acreditam em Jesus Cristo e de todos os que acreditam em Deus, como é o caso dos islamitas”, recordou o prelado sobre o que considera ser “um caminho de esperança”.

D. António Vitalino relembrou os que são “mortos, violentados, expatriados, expropriados” pelo autoproclamado Estado Islâmico e destaca que num dos discursos o Papa disse que “ninguém pode invocar Deus” para justificar atos de violência e muito menos a Jesus Cristo, “que não resistiu com meios ou atitudes agressivas à violência”.

Sobre casos mais mediáticos e políticos, o bispo de Beja comenta que muitos jogam na lotaria mas “nem todos têm sorte” enquanto outros sem jogar “conseguem o mesmo objetivo”.

“Admiro as pessoas que, escolhidas democraticamente para assumir responsabilidades públicas, não se deixam corromper, resistindo à tentação de enriquecer rapidamente”, escreveu D. António Vitalino na sua nota semanal.

O prelado, sobre a afirmação de que os políticos não são todos iguais interroga-se ainda se o povo “vê a diferença” e continua a “acreditar na boa-fé das pessoas que estão à frente dos destinos do país e do mundo”.

CB

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