D. António Vitalino presidiu aos 510 anos da Misericórdia de Serpa
Serpa, Beja, 15 dez 2015 (Ecclesia) – O bispo de Beja assinalou que a ação social deve empenhar a todos com “espírito solidário” e os cristãos fazem-na “não apenas por filantropia” mas pela sua fé, na homilia dos 510 anos da Misericórdia de Serpa.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, D. António Vitalino destacou que a ação social deve “empenhar a todos, com espírito solidário”.
“Nós cristãos queremos fazê-lo, não apenas por filantropia, mas porque a isso nos impele a nossa fé, que considera o necessitado não somente o nosso semelhante, mas também o nosso irmão e Jesus Cristo”, desenvolveu o bispo de Beja, na igreja de S. Paulo.
Na Eucaristia de celebração dos 510 anos da Santa Casa da Misericórdia de Serpa, o prelado fez várias perguntas de reflexão, como: “Quem é o meu próximo, hoje? Quem são os mais desfavorecidos atualmente? Será que temos atitudes de amor misericordioso, gratuito ou tudo é calculado e pago?”
“A Igreja e os seus ministros devem servir e não servir-se, servir sobretudo os pobres, os carenciados de reconhecimento da sua dignidade de filhos de Deus e de irmãos nossos, os descartáveis da sociedade, os doentes, os idosos”, revelou sobre questões que procura responder e faz “a todos os cristãos”.
No início do Jubileu da Misericórdia, a nível diocesano, D. António Vitalino recordou que os primeiros os primeiros irmãos das Misericórdias fizeram o seu compromisso de cumprirem todas as Obras Espirituais e Corporais, “quanto possível fosse, para socorrer as tribulações e misérias que padecem os irmãos em Cristo”.
“Este humanismo cristão inspirou-se no Evangelho e em Maria”, acrescentou, assinalando que os 510 anos da Misericórdia de Serpa levam a perguntar pelo “grau de fidelidade a tão nobres ideais e pelas motivações profundas” que há comprometimento em trabalhar nestas instituições.
“Mais que nunca queremos afinar os nossos sentimentos e procedimentos com o coração misericordioso de Jesus, tomando como estímulo da nossa reflexão e ação a parábola do bom samaritano e o ensinamento sobre as obras de misericórdia, corporais e espirituais (Mt 25)”, desenvolveu no contexto do Jubileu extraordinário da Misericórdia.
D. António, Vitalino deu como exemplo da ação que deve mover cada um Maria, que “ouvindo a saudação e o elogio de Isabel”, louva e agradece a Deus, “a fonte de todo o bem”.
“É Ele que, também através da nossa ação, enche de bens os famintos, exalta os humildes, socorre os aflitos, manifesta a sua misericórdia através de gerações”, revelou o bispo de Beja.
CB