D. António Vitalino fala em «património fundamental da humanidade»
Beja, 14 jul 2015 (Ecclesia) – O bispo de Beja na sua reflexão semanal escreve sobre a importância da família para a sociedade e para a Igreja como escola que educa para “os afetos, gratuidade, solidariedade” para “o amor”.
“A família é o património fundamental da humanidade e da Igreja mas está muito fragilizada e desapoiada. Ela é a primeira e principal escola da aprendizagem da vida, na diversidade das suas dimensões e relações”, assinala D. António Vitalino.
Na nota enviada hoje à Agência ECCLESIA, o prelado explica que antes de aprender a falar a criança “aprende a sentir e expressar o seu afeto, no berço, ao colo” ou seja na família.
“Não admira que a Igreja sempre tem voltado as suas atenções para ela e agora o Papa nos pede para intensificarmos a pastoral das comunidades cristãs, para ajudarmos a que possa tornar-se cada vez mais aquilo que é chamada a ser”, desenvolve o bispo de Beja que cita a homilia da primeira Missa de Francisco no Equador, no dia 6 de julho.
D. António Vitalino exemplifica que a família é “escola de ternura, da gratuidade, da solidariedade, de amor, de atenção aos outros, de superação do egoísmo individualista, de evangelização e de transmissão dos valores humanos e da fé”.
O prelado alerta que no exercício das relações entre as pessoas, e destas com a natureza e com Deus, é preciso envolver “todas as capacidades” de que cada um é dotado “corpo, sentidos, vontade, inteligência” e respeitá-las também nos outros.
Segundo observa, os demagogos “usam apenas a palavra, os argumentos racionais” sem implicação das suas pessoas, “sem coerência de vida, sem sensibilidade” e afeto para com os outros.
“Depressa caem na desgraça dos seus ouvintes e deixam de ser escutados”, acrescenta o bispo diocesano.
D. António Vitalino contextualiza que a família deve ser uma “experiência de vida plena” e sendo constituída a partir do “amor de um homem e uma mulher”, que dá fruto e se projeta nos filhos, orienta-se para a sua “fonte” que é “Deus criador e salvador” manifestado na “pessoa e mensagem” de Jesus Cristo.
“Sem esta orientação e projeção o amor humano facilmente se converte em egoísmo refinado”, escreve o bispo de Beja.
CB