Beja: «Ano Jubilar é uma oportunidade para renovar a nossa fé, para fortalecer os laços familiares», afirma D. Fernando Paiva

Bispo diocesano presidiu à abertura do Ano Santo 2025, na Sé Catedral, e assinalou a Solenidade da Sagrada Família

Foto: Diocese de Beja

Beja, 30 dez 2024 (Ecclesia) – O bispo de Beja presidiu este domingo à Missa de Abertura do Ano Santo 2025, na Sé Catedral, afirmando que o Jubileu é ocasião para a renovação da fé e para a consolidação das ligações familiares.

“Este Ano Jubilar é uma oportunidade para renovar a nossa fé, para fortalecer os laços familiares e para caminhar com alegria e determinação na missão que o Senhor nos confia”, afirmou D. Fernando Paiva, na homilia disponível no sítio online da Diocese de Beja.

As dioceses católicas de Portugal começaram este domingo o Jubileu 2025, centrado na temática da esperança, com a abertura solene do ano jubilar, em todas as catedrais, conforme indicação do Papa Francisco.

“A esperança cristã não é apenas um sentimento ou um mero otimismo; é uma virtude teologal, enraizada na certeza de que Deus é fiel às Suas promessas”, salientou o bispo diocesano.

O bispo fez referência à passagem do Evangelho que relata o momento em que Jesus, com doze anos de idade, no final da sua peregrinação anual a Jerusalém, foi perdido por Maria e José, que o encontraram mais tarde no Templo.

“Este episódio inspira-nos a viver com um coração aberto ao que Deus nos pede, tanto nos grandes momentos de decisão como nas pequenas escolhas do dia a dia”, referiu.

D. Fernando Paiva dirigiu-se àqueles que ainda procuram o seu caminho, que estão em discernimento vocacional, falando sobretudo para os jovens, dizendo que “é bom e é normal que, de uma forma ou de outra, esta dinâmica de discernimento, seja vivida com verdade, com autenticidade”.

“Para quem já abraçou uma vocação – seja o matrimónio, a vida consagrada, vida religiosa, o sacerdócio ou o laicado – é tempo de redescobrir a alegria do primeiro amor, de recordar e viver a frescura inicial da entrega e de pedir a graça de renovar o entusiasmo que nos levou a dizer SIM”, assinalou.

O bispo diocesano convidou a estar atentos à voz e à vontade do Senhor, realçando que a atitude de escuta e disponibilidade não terminou no dia em que deram o sim.

Foto: Diocese de Beja

A Igreja Católica celebrou também no domingo a festa da Sagrada Família de Nazaré, sendo esta, segundo D. Fernando Paiva, a “escola de virtudes” onde tanto se pode aprender.

“Os dois, Maria e José, mostram-nos que ser pai e mãe é mais do que uma condição natural: é uma vocação divina, uma missão de amor que exige entrega e confiança em Deus”, destacou.

D. Fernando Paiva realça que “Jesus: Mesmo sendo o Filho de Deus, Jesus cresceu numa família humana, aprendendo de Maria e José o valor da obediência e do respeito”.

“O episódio do Evangelho de hoje revela-nos que a obediência de Jesus aos pais não o impedia de ser livre para cumprir a vontade do Pai. Esta liberdade na obediência é um convite para nós, para vivermos com fidelidade o nosso papel na família, sem nunca perder de vista o horizonte de Deus”, ressaltou.

O bispo diocesano sublinhou que “a família é, pois, o primeiro lugar onde se transmite a fé”.

“Este lugar onde se plantam as sementes da vocação, onde se aprende a escutar a voz de Deus e a amadurecer na liberdade. Para os pais, este é um apelo a serem testemunhas vivas da fé e da confiança em Deus. Para os filhos, é um convite à gratidão e ao reconhecimento da família como dom precioso”, indicou.

No final da homilia, D. Fernando Paiva convidou diocese a inspirar-se na Sagrada Família e a deixar-se “guiar pelo seu exemplo”.

“Que Jesus, Maria e José nos acompanhem e intercedam por nós neste Ano Jubilar, para que sejamos verdadeiramente Peregrinos de Esperança, levando o amor de Deus a todas as pessoas e lugares”, concluiu.

LJ/OC

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Agência ECCLESIA

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