Batismo: «Senti no preciso momento em que a água me tocou na testa um novo eu» – Helena Lobato (C/vídeo)

Pintora batizada em adulta pelo Papa Francisco e frei José Nunes comentam liturgia da festa do Baptismo do Senhor

Foto Notícias de Setúbal/Anabela Sousa

Lisboa, 11 jan 2019 (Ecclesia) – Helena Lobato, da Paróquia da Cova da Piedade, afirma que a forma de “encarar a vida, de viver a vida, mudou” a partir do momento que recebeu o Sacramento do Batismo, já em idade adulta, na Páscoa de 2015, pelas mãos do Papa Francisco.

“Durante o Sacramento do Batismo, com outro discernimento, senti no preciso momento em que a água me tocou na testa, esta alegria. Uma coisa tão grande que nos preenche corpo, alma, é mesmo sensação de um novo eu”, disse a pintora portuguesa, ao recordar o dia em que foi baptizada, na Basílica de São Pedro, em Roma

Helena lobato comentou a liturgia da Festa do Baptismo do Senhor com Frei José Nunes, professor na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, que lembrou o facto de a alegria ser “o segundo fruto do Espírito Santo, segundo São Paulo”, depois do amor.

Helena Lobato foi batizada na celebração pascal presidida pelo Papa Francisco, a 4 de abril de 2015, na Basílica de São Pedro; Foi a quinta pessoa a receber os sacramentos de iniciação cristã num grupo de 10 catecúmenos da Itália, Albânia, Quénia, Camboja e Portugal.

Após o batismo, a forma de “encarar a vida, de viver a vida, mudou” e sentiu uma  “grande mudança”, considerando que, quem é  adulto, sente que passa  “a incorporar a parte do Evangelho”, algo que passa “a ser endémico na natureza” de cada pessoa.

Helena Lobato adianta que a “vida não ficou um mar de rosas” e os problemas não “desapareceram”, mas frisa que a maneira como vive a vida, explora e encara cada problema “mudou e automaticamente a vida vai mudando” e tem ajudado “a crescer melhor e organizar a vida de outra maneira”.

Quanto à vertente profissional, a pintora realça que a “arte não se muda” de um momento para o outro, mas à medida que se interioriza a mudança pessoal e “só este verão” de 2018 é que a sua “arte foi tocada pela água do Batismo”.

Frei José Nunes observa que “é verdade” que se precisa “do Espírito para viver bem e fazer o bem” mas nasce-se, sobretudo, “envolvidos no amor de Deus”.

“Somos tendencialmente bons”, destacou o frade Dominicano.

“Isto tem mesmo a ver com a nossa fé. O Espírito dá-nos abundância de dons, de frutos para nos pormos ao serviço dos outros”, acrescentou o professor universitário.

Foto CTV

Helena Lobato recorda a “ousadia” de escrever ao Papa Francisco que foi “foi num ato de iluminação”, num momento “de aflição da vida” quando as respostas dos homens não “solucionavam os problemas”, e que a resposta “veio com um desafio” de receber o Sacramento do Batismo, em Roma, durante a vigília pascal.

“Nem sabia que os adultos poderiam ser batizados” e que tinha de fazer um “caminho catequético”, que percorreu na Paróquia sadina da Cova da Piedade.

“Nos primeiros séculos da vida da Igreja só se batizam adultos”, observou frei José Nunes, professor na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, relançado que “Jesus também foi batizado em adulto”.

“Não havia nenhuma ligação à fé, a Jesus, que é o meu grande amigo hoje em dia. Não tinha fé, não estava inserida nem a nível familiar, nem nenhuma das minhas relações de amigos, inclusive de trabalho”, esclareceu a artista plástica, esta tarde, no programa ECCLESIA dedicado ao comentário das leituras dominicais.

A Igreja Católica assinala este domingo, o primeiro depois de 6 de janeiro, dia da Epifania, a a Festa do Batismo do Senhor, que encerra o Tempo do Natal.

HM/CB/PR

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Agência ECCLESIA

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