Basílica de São Paulo fora de muros com novo espaço para peregrinos

A Basílica de São Paulo fora de muros contará em breve com um novo centro de acolhimento para peregrinos e turistas, anunciou ontem o Arcipreste da Basílica, Cardeal Andrea di Montezemolo. O Cardeal italiano informou que já foram aprovados os projectos para a construção de um novo edifício que terá escritórios, laboratórios para os funcionários, depósito para cadeiras e um centro de acolhimento. D. Andrea di Montezemolo considerou necessário reorganizar o sistema de segurança dentro da Basílica, com a instalação de detectores de metais como na Basílica de São Pedro do Vaticano. Este responsável guiou ontem uma vista à Basílica e ao túmulo de São Paulo, em que participaram vários jornalistas. Em finais do ano passado, a Santa Sé anunciou estar a estudar a hipótese de abrir o sarcófago de São Paulo, descoberto na Basílica romana de São Paulo fora de muros. Os responsáveis vaticanos asseguram que o sarcófago era considerado, já em 390, como o de São Paulo. Já no fim do século II, o presbítero romano Gaio, citado por Eusébio, assinalava a existência do “tropaion” erguido como testemunho do martírio de Paulo. As escavações decorreram entre 2002 e 22 de Setembro de 2006, permitindo trazer à luz do dia a abside da Basílica costantiniana, englobada no transepto do edifício dos três Imperadores, Teodósio, Valentiniano II e Arcádio (que ampliaram a Basílica de Constantino). Foi aqui, debaixo do altar papal, que se deu o achado: um sarcófago com a inscrição incompleta «Paulo apostolo mart(yri)» (Paulo Apóstolo Mártir), visível desde a base do altar e ao nível da antiga basílica, construída no século IV. A existência de um pequeno orifício, que comunica com as relíquias do altar, permitiria a introdução de um microcâmara no sarcófago, para o seu estudo. Os trabalhos já realizados permitirão aos fiéis ver um dos lados do cenotáfio.

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