Banco Alimentar em Braga abre a 16 de Outubro

O dia 16 de Outubro foi escolhido para assinalar a abertura oficial das instalações de Braga do Banco Alimentar contra a Fome revelou ao Diário do Minho, Isabel Jonet, presidente da Federação Nacional dos Bancos Alimentares. A mesma informação fora adiantada, pouco antes, por Manuel Palha, responsável da Zona de Braga das Conferências de S. Vicente de Paulo, à margem da comemoração de encerramento das actividades vicentinas que decorreu ontem, no Sameiro. O dia escolhido para a inauguração do Banco Alimentar de Brara decorre precisamente 24 horas antes da Jornada Mundial de Luta Contra a Fome. Isabel Jonet informou, de seguida, que brevemente virá a Braga para tratar de alguns assuntos relativos à instalação do banco na cidade bracarense, não revelando, contudo, o local exacto para a estrutura. O DM apurou, no entanto, que as instalações do futuro Banco Alimentar contra a Fome poderão situar-se relativamente perto do centro da cidade, mais concretamente na zona de Palmeira ou em Ferreiros. Durante as comemorações do encerramento do ano vicentino, Manuela Almerinda Marques, presidente da Sociedade de S. Vicente de Paulo (SSVP), de Braga, disse que «ajudar e colaborar com o Banco Alimentar na distribuição de géneros aos mais necessitados é uma das grandes apostas para o novo ano vicentino». Além deste assunto, a responsável, traçando um balanço positivo das actividades desenvolvidas ao longo do ano, revelou que a nível de movimento está a travar-se uma «luta para conseguir cativar gente mais nova» e também esta é «uma aposta para o próximo ano». Manuela Almerinda Marques deu também a conhecer que está a ser desenvolvida, por uma jovem do Conselho Central de Braga, uma prospecção de jovens vicentinos, a fim de se renovarem as conferências das dioceses. «A nossa ideia é ter os jovens a trabalhar em conjunto nesta causa com os voluntários que já temos. Não queremos grupos constituídos apenas por jovens mas queremos ter presença jovem em todos os grupos», defendeu. Este trabalho de renovação não é só explícito em Braga mas também está a ser desenvolvido a nível nacional pois o movimento tem uma percentagem muito reduzida de jovens nos seus grupos. Apostar na juventude Continua a ser um desafio proeminente para a SSVP de Braga, a criação de uma Conferência Vicentina em todas as paróquias da Arquidiocese. Para isso, Manuela Almerinda Marques referiu que D. Jorge Ortiga já prometeu, numa reunião com os responsáveis do movimento, falar com os vários arciprestes para colaborar neste projecto. A responsável queixou-se ainda que as Câmaras Municipais do distrito não entregam às Conferências Vicentinas os excedentes da Comunidade Europeia porque não reconhecem o trabalho destas instituições. Já a terminar, destacou que «a solidão é um dos problemas graves e uma das maiores misérias existentes na diocese». A presidente das Conferências Vicentinas de Braga aclarou que «há muitas vicentinas que se encarregam apenas de visitar pessoas que vivem completamente sozinhas». Cónego Macedo presidiu Missa Depois do acolhimento, os participantes fizeram a recitação do terço desde a Capela do Santíssimo Sacramento até à basílica onde, no final, foi celebrada Eucaristia. Com alguma ironia, o capitular disse que «em anos anteriores, a procissão saía junto a cruz alta, mas com o passar dos anos, foi-se aproximando cada vez mais da basílica. A afirmação do sacerdote manifesta, entre outras coisas, que o movimento, tal como considerou a presidente de Braga, precisa de mais presença jovem. O cónego António Macedo, assistente espiritual do movimento, presidindo à celebração, desafiou os presentes a uma «contínua vida vicentina ». O sacerdote continuou aclarando que esse estilo de vida é descrito por Jesus no Evangelho (lido na Missa de ontem) que diz “amai os vossos inimigos”. O cónego bracarense referiu que apesar das condenações, das injúrias e maus-tratos do mundo, «os vicentinos devem viver amando até os inimigos». Em especial, o cónego António Macedo defendeu que é obrigação do vicentino, à imagem do fundador, «procurar e auxiliar os verdadeiros pobres». No fim decorreu uma confraternização/convívio no restaurante Maia.

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