Baixa de Coimbra recorda Mons. Nunes Pereira

A baixa coimbrã – Igreja de S. Bartolomeu – prestou homenagem a Mons. Nunes Pereira, no ano do centenário do seu nascimento. Ontem, 28 de Fevereiro, aqueles paroquianos recordaram a passagem – cerca de 20 anos – deste “homem que fica na história da cidade de Coimbra” – disse à Agência ECCLESIA o Con. Aurélio de Campos , Reitor do Seminário de Coimbra. Na sessão foi apresentado um documentário «Monsenhor Nunes Pereira: um padre e um artista» – realizado e produzido pela equipa do 70X7 – e um concerto pelo Grupo de Instrumentos de Sopro de Coimbra. Natural do Concelho da Pampilhosa da Serra, Mons. Nunes Pereira faleceu a 1 de Junho de 2001 mas “é recordado com saudade”. A sua presença nos cafés da baixa de Coimbra e o contacto com os simples e pobres daquela zona “ficaram na memória” – refere o Con. Aurélio Campos. Afável no contacto com as pessoas, Mons Nunes Pereira era um “artista humanista”. Na Igreja de S. Bartolomeu descobriu os alicerces da actual Igreja “para encontrar os alicerces de outra igreja romana”. Do Pe. Américo – colega de curso no seminário – bebeu alguns saberes. “Tinha uma grande admiração pelo Pe. Américo” – garantiu o Reitor do Seminário de Coimbra. E acrescenta: “na sua paróquia tinha a «Sopa dos Pobres»”. Durante este ano, uma comissão constituída para o efeito dará a conhecer as várias facetas deste padre, artista e humanista. No Seminário Maior de Coimbra, abriu ao público, no dia 8 de Dezembro, a Oficina-Museu Nunes Pereira e a exposição que a preenche e que contém alguns dos seus milhares de trabalhos em madeira, terracota, no papel ou em seixos. Até ao momento, a adesão “não tem sido muita”. A exposição, patente até dia 3 de Dezembro de 2007 e aberta aos Sábados, entre as 15h e as 18h, organiza-se num percurso de três momentos ou níveis diferentes. Parte-se da oficina e do ambiente de trabalho do Monsenhor, onde estão presentes instrumentos que utilizava e a peça que trabalhava na manhã em que morreu. O visitante passa depois a um outro nível, onde pode observar a madeira trabalhada, nas esculturas e nas gravuras. O último ponto no percurso da exposição preenche-se com as obras no papel e em seixos. Na próxima iniciativa – na Casa Municipal da Cultura de Coimbra – será feita, dia 21 de Março, uma apresentação crítica da obra literária de Mons. Nunes Pereira por Aníbal Pinto Castro. Neste encontro haverá também uma declamação da poesia do homenageado. Notícias relacionadas • Nunes Pereira: homem, artista e padre

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