Atualmente ainda se vive «muito numa Igreja de quinta, uma Igreja um pouco de sacristia, uma Igreja um pouco virada para dentro» – padre Manuel Joaquim Rocha
Aveiro, 11 mai 2024 (Ecclesia) – O vigário geral da Diocese de Aveiro, padre Manuel Joaquim Rocha, considera que as comemorações do encerramento do jubileu da catedral são um “ponto de chegada” e “de partida” porque, atualmente ainda se vive “muito numa Igreja de quinta, uma Igreja um pouco de sacristia, uma Igreja um pouco virada para dentro”.
No encerramento das comemorações do jubileu da catedral de Aveiro (600 anos), o padre Manuel Joaquim Rocha realça que no momento celebrativo deu para perceber a diversidade da diocese para se criar uma “família maior”.
“Foi um ano muito bonito, onde se fez festa aproveitando uma data redonda, para se criar unidade e transformá-la em ações”, disse à Agência ECCLESIA o padre Manuel Joaquim Rocha.
Os arciprestados peregrinaram “até à fonte” e perceberam o sentido da catedral
“Foram à primeira catedral desta diocese, foram à nossa padroeira, ao túmulo de Santa Joana, e foram depois, à nossa catedral porque peregrinar foi o verbo que nós conjugámos durante este tempo todo”.
Através destes peregrinos chega-se “aos outros” com a ajuda “destes momentos celebrativos”.
A piedade popular ainda está “muito enraizada, mais do que ir ou não ir à missa”, acrescentou o vigário geral da Diocese de Aveiro.
À volta “do seu santo padroeiro, à volta do santo popular, as pessoas vieram, organizaram-se e fizeram festa. E é essa a festa que nós queremos”, finalizou
No domingo, 12 de maio, a diocese e a cidade de Aveiro celebram a festa da sua padroeira, Santa Joana Princesa, com a celebração da Eucaristia, às 10h00 na catedral, e a procissão, a partir das 16h00, presididas pelo núncio apostólico em Portugal (o representante do Papa/Santa Sé), D. Ivo Scapolo.
O bispo de Aveiro destaca ainda, do programa celebrativo, que o encerramento do Ano Jubilar dos 600 anos da catedral com celebração de uma Eucaristia de ação de graças é na segunda-feira, dia 13 de maio, às 19h00, na Sé, com o “descerramento de uma placa alusiva” a este acontecimento.
“O Jubileu significa fazer festa, alegria, não apenas uma alegria interior, mas uma alegria que se manifesta também exteriormente. No jubileu fazemos memória da presença de Deus na vida da nossa Diocese e festejamos a comunhão com todos os que celebram e vivem a mesma fé em Cristo ressuscitado”, explica D. António Moiteiro, na sua mensagem, publicada na página da internet da Diocese de Aveiro.
No dia 13 de maio de 2023, a Diocese de Aveiro celebrou os 600 anos do lançamento da primeira pedra da igreja que hoje é a sua catedral, a igreja do Mosteiro de Nossa Senhora da Misericórdia, ou de São Domingos.
O Papa Pio XI restaurou a Diocese de Aveiro, com a bula Omnium Ecclesiarum, de 24 de agosto de 1938, e, no dia 11 de dezembro do mesmo ano, D. João Evangelista de Lima Vidal “executou essa bula papal”, a igreja do Convento dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia de Aveiro, que já era igreja matriz da Paróquia de Nossa Senhora da Glória, passou também a ser a Catedral da diocese.
‘Igreja de Aveiro, peregrina na esperança’, é o lema que vai “marcar o ritmo” da Diocese de Aveiro nos três próximos anos, de 2024 a 2027.
HM/LFS