D. António Francisco dos Santos apresenta Missão Jubilar que procura dinamizar os vários setores da diocese
Lisboa, 30 out 2012 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro que uma Igreja “mais próxima da realidade” para desenvolver uma ação solidária e criativa em tempos de crise, num momento em que a diocese assinala o 75.º aniversário da sua restauração.
D. António Francisco dos Santos apresenta, em entrevista hoje publicada pelo Semanário Agência ECCLESIA, as prioridades para a Missão Jubilar, lançada este mês e que vai decorrer até 11 de dezembro de 2013.
Segundo este responsável, qualquer esforço de renovação e afirmação da presença católica “tem de vir do interior da Igreja, sendo missionária, mais ousada, criativa e mais próxima da realidade”, promovendo uma atividade “atenta, acolhedora e solidária, por exemplo, na vida difícil e das provações por que passam muitas famílias”.
O bispo de Aveiro sustenta que a Missão Jubilar “não é apenas um conjunto de atividades, mas um espírito novo”, 50 anos depois do Concílio Vaticano II (1962-1965) e no Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013) proclamado por Bento XVI.
“Mesmo tendo atitudes mais proactivas, como é a Tenda de Deus nas praias nos meses de verão e o Dia do Deserto que é proposta de retiro em cada um dos dez arciprestados da diocese, gostaria de sublinhar que o mais importante é o espírito que nos anima”, declara.
D. António Francisco dos Santos diz que esta missão, uma ideia nascida em 2008, quer chegar ao coração dos 350 mil habitantes do território diocesano.
“Sinto muita alegria ao ver a igreja de Aveiro mobilizada, milhares de pessoas comprometidas na Missão Jubilar, a sociedade civil e as instituições sociais disponíveis para ouvirem a voz da Igreja e sentirem o desafio novo que lhe queremos oferecer”, precisa.
O responsável fala numa diocese com “poucos sacerdotes”, mas onde reina “um espírito novo, cheio de alegria e de esperança”.
“Eu sonho, acredito e trabalho para que esse tempo novo surja na igreja de Aveiro, onde a tenda de Deus se abra e todos lá se possam acolher de coração livre, sem preconceitos, sem limitações diante daqueles que batem à porta da Igreja, procurando Deus de forma silenciosa”, prossegue.
Frisando que a Missão Jubilar “é de toda a Diocese e para toda a Diocese”, o bispo de Aveiro revela que este trabalho vai dar origem à criação das Equipas Arciprestais de Pastoral que serão os mentores e protagonistas da continuidade da missão”.
A comunidade católica local vai assinalar de forma particular o dia 11 de cada mês, recordando a execução da bula do Papa Pio XI, a 11 de dezembro de 1938, que resturou a diocese, instituída por Clemente XIV a 12 de abril de 1774, a pedido do rei D. José I.
Leão XII viria a extinguir esta diocese, “após alguns anos de uma certa confusão no governo eclesiástico”, a 30 de setembro de 1881, como lembra monsenhor João Gaspar, vigário geral.
Pio XI viria a restaurar a diocese, dando-lhe um novo território, desmembrado das dioceses de Coimbra, do Porto e de Viseu.
“A sentença executória da restauração deu-se a 11 de dezembro de 1938, ficando como seu administrador apostólico D. João Evangelista de Lima Vidal. Este prelado foi depois o seu primeiro bispo, desde 16 de janeiro de 1940 até à sua morte, ocorrida a 05 de janeiro de 1958”, recorda monsenhor João Gaspar.
PTE/OC