«Antecipar o futuro» foi o propósito da programação ao longo de um mês
Aveiro, 01 abr 2023 (Ecclesia) – A Diocese de Aveiro encerrou hoje a peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) com uma festa no Parque de Exposições da cidade.
Integrada no programa da Feira de Março, a “Festa da Juventude” contou com um concerto da Banda da Paróquia e assinalou a conclusão de um programa por toda a diocese para “antecipar o futuro” pedido pelo Papa Francisco aos jovens.
Em declarações à Agência ECCLESIA o coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) de Aveiro da JMJ 2023 afirmou que a presença da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora fez com que os jovens vivessem “momentos com grande poesia e criatividade”, sendo os protagonistas da peregrinação e provocando o contacto com as periferias.
“Foi com muita alegria que conseguimos concretizar os sonhos dos jovens. Os jovens conseguiram chegar às periferias, conseguiram antecipar o futuro que o Papa Francisco nos pede e chegar às periferias”, afirmou Pedro Carvalho.
O coordenador do COD de Aveiro destacou a presença dos símbolos da JMJ num acampamento de ciganos, nas prisões, junto dos doentes e das comunidades mais desfavorecidas, valorizando também a preocupação pelo “cuidado da casa comum”, de que é exemplo a plantação de mil árvores e o contacto com a Ria de Aveiro e como mar da Costa Nova.
“O próximo desafio é como é que nós, enquanto Igreja, vamos comunicar com aqueles que se aproximaram de nós através dos símbolos. Esse é o grande desafio da diocese de Aveiro”, afirmou Pedro Carvalho.
Para o padre Leonel Abrantes, responsável pelo Secretariado da Pastoral Juvenil da Diocese de Aveiro, a preocupação situa-se também na continuidade que é necessário dar ao dinamismo gerado pela JMJ e pela peregrinação dos símbolos.
“Queremos pegar em todos estes jovens, todos os que trabalharam connosco para sonharmos o futuro”, afirmou o padre Leonel Abrantes.
Para o bispo de Aveiro, um mês de peregrinação dos símbolos da JMJ foi “uma descoberta de movimentação de jovens, crianças e muitos adultos”, considerando que o êxito da peregrinação ficou a dever-se muito à ação dos animadores dos grupos de jovens.
“Os adultos que são os animadores dos grupos de jovens, assim como o COD diocesano, que são jovens adultos, foram eles que imprimiram um ritmo a esta caminhada que foi em crescendo”, afirmou o bispo de Aveiro.
“Temos de repensar a Pastoral Juvenil a partir do modo como fomos capazes de dinamizar esta peregrinação”, sugeriu D. António Moiteiro, que valorizou a presença dos símbolos na Feira de Março, passando por “lugares onde habitualmente o anúncio do Evangelho não se faz de forma explícita”.
Presente na peregrinação dos símbolos da JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar disse que a visita dos símbolos a locais menos habituais é “uma provocação do Papa Francisco” e a afirmação da “Igreja em saída”, notando que a presença da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora “tem sido uma surpresa muitíssimo positiva do acolhimento e de adesão à jornada”.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 referiu também que a peregrinação dos símbolos tem acompanhado um “crescendo de proximidade efetiva” à jornada, que vai acontecer entre os dias 1 e 6 de agosto, lembrando a necessidade das famílias e voluntários se mobilizarem para acolher jovens de todo o mundo, “para que o encontro seja efetivamente mundial”.
Os símbolos da JMJ encerraram a peregrinação da Diocese de Aveiro este sábado e, na tarde de domingo, chegam à Diocese de Coimbra, onde começam a visita ao longo do mês de Abril.
PR