Iniciativa integrada no encontro nacional de Educação Moral e Religiosa Católica no Ensino Secundário
Lisboa, 21 abr 2017 (Ecclesia) – Cerca de 2 mil alunos de Educação Moral e Religiosa Católica do Ensino Secundário juntam-se esta sexta-feira e sábado num encontro nacional na base militar de São Jacinto, em Aveiro, com olhar centrado no tema da paz.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, Sérgio Martins, responsável pela disciplina de EMRC na Diocese de Aveiro, explica que em causa estará uma “aula” especial, em que os mais novos vão ser desafiados a olhar para questões como “os deslocados, as guerras” e “todos os atropelos à dignidade das pessoas” que estão hoje a ser cometidos.
Os participantes, vindos de “praticamente todas as dioceses do país”, vão ser divididos em grupos e percorrer um itinerário na base militar de São Jacinto, tendo como “mapa os conflitos, as divergências”, mas também “os pontos de união” que podem ajudar a construir.
Este encontro nacional tem como tema “[Re]Liga-te”, uma expressão que aponta precisamente para a necessidade dos jovens “sentirem-se parte integrante” desse esforço, “prepararem-se para serem construtores da paz”, mediante também a “aprendizagem que trazem da escola”.
“Perante aquilo que o mundo hoje nos traz, partindo das experiências das várias religiões, e recentrando na experiência judaico-cristã em particular na Europa e tudo aquilo que está associado, queremos preparar pontes para o encontro, para a harmonia dos nossos jovens, da nossa sociedade”, salienta Sérgio Martins.
Ao longo destes dois dias, os jovens vão ter acesso a atividades de “caráter lúdico” e a várias “surpresas”, preparadas em conjunto “com os militares” que acolhem o encontro.
O responsável pela disciplina de EMRC na Diocese de Aveiro realça o encontro também como “um prémio para os alunos que têm a coragem de, nos dias de hoje, se afirmarem e mostrarem a diferença”.
“São alunos que por opção escolheram a disciplina de EMRC num contexto às vezes bastante adverso e que merecem todo o nosso respeito e consideração”, frisa Sérgio Martins, que aponta depois alguns dos aspetos que os jovens procuram nesta disciplina.
“Eles procuram a diferença, que faz-se pela seriedade do trabalho que se faz nas escolas. Querem algo mais a acrescentar àquilo que às vezes aparece como vazio, rostos de alegria, de experiência, de conhecimento e muitas vezes rostos de fé”, complementa.
PR/JCP