Bispo emérito foi sepultado no cemitério da cidade que o acolheu há mais de 30 anos
Aveiro, 11 out 2013 (Ecclesia) – O vigário episcopal para a Pastoral Social na Diocese de Aveiro afirmou hoje que D. António Marcelino deixa a marca da “lucidez e da coragem”, da “inquietude” pela “renovação da Igreja”, da “presença” e da “amizade” por todos.
Em declarações à Agência ECCLESIA por ocasião do funeral do bispo emérito, falecido esta quarta-feira aos 83 anos, o padre João Gonçalves afirmou que D. António Marcelino procurou o “envolvimento na vida eclesial e social”, procurando recordar “permanentemente” as propostas do Concilio Vaticano II.
O vigário episcopal recorda o “entusiasmo, a vida, a lucidez, a coragem, o envolvimento na vida eclesial e na vida social” do antigo bispo diocesano, assim como “a sua inquietude por ver mais justiça e mais equilíbrio”.
D. António Marcelino foi um homem que viveu com “entusiasmo” o Concílio, que agora estava a “recordar permanentemente”, quer “naquilo que escrevia, quer nas suas conversas”, refere o padre João Gonçalves.
“Um homem que deixou uma marca e uma sementeira”, sublinha.
Para o padre Georgino Rocha, responsável na Diocese de Aveiro pelo diálogo “Igreja-mundo”, D. António Marcelino foi “um homem corajoso, um homem de visão rasgada, capaz de ler os sinais dos tempos e a partir da daí e da fidelidade ao Evangelho pretender a renovação da Igreja”.
O sacerdote de Aveiro recorda o falecido bispo como “um homem amigo”, que era “capaz de dizer a verdade”, mesmo quando incomodava, e de “de perdoar” quando alguma coisa o ofendia.
Por sua vez, a diretora do Secretariado Diocesano de Pastoral Juvenil destacou à Agência ECCLESIA a proposta de caminhada sinodal que o bispo António Marcelino fez com os jovens de Aveiro.
Ondina Matos disse que o bispo emérito participou ativamente na definição do “futuro que se queria trilhar” neste setor da presença da Igreja e que se “começou a trilhar com ele”.
Eduardo Conde, pastor da Igreja Metodista, realça o “contributo para a dimensão ecuménica” que D. António Marcelino deu.
“Era um bom amigo que nós guardamos no coração”, referiu.
OC