D. António Moiteiro fala em tempo de «de esperança e confirmação de identidade»
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Aveiro, 15 mai 2023 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro convidou as comunidades católicas da diocese a viver o ano jubilar, a propósito dos 600 anos do início da construção atual catedral, como um tempo de implementar “valores sociais e religiosos”.
“O ano jubilar é, assim, um tempo para pormos em prática valores sociais e religiosos, louvarmos a Deus, celebrando com alegria os seus gestos salvadores, reconhecendo que tudo recebemos das suas mãos e que nós não passamos de administradores dos seus bens”, referiu, na homilia da Missa a que presidiu na sexta-feira, festa de Santa Joana Princesa, padroeira da diocese e da cidade.
Falando na Catedral diocesana, a igreja do convento dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia, D. António Moiteiro evocou a celebração dos 550 anos da ida de Joana de Portugal para a vila de Aveiro, a 30 de julho de 1472.
“O jubileu não trata apenas de uma questão teológica, de falar de Deus ao ser humano, mas de um convite e um tempo para refletir – um tempo de memória e de metanoia/conversão, mas também de esperança e confirmação de identidade”, observou o responsável católico, numa intervenção divulgada hoje pela diocese.
O bispo de Aveiro apresentou, na sua reflexão, duas dimensões da vida da padroeira que podem ser “fonte de inspiração” para os católicos da diocese, a oração e o “cumprimento da vontade de Deus”.
“Santa Joana ensina-nos a procurar o Reino e a deixar tudo para o conseguir. Não basta encontrar o tesouro, mas sim valorizá-lo como tesouro. Aquele que compreende a mensagem do Reino compromete-se de tal maneira que deixa tudo para o construir”, precisou.
A celebração contou com a presença de D. Juan Gabriel Díaz Ruiz, bispo de Matanzas, Cuba.
Joana de Portugal, conhecida popularmente como Santa Joana Princesa – reconhecida oficialmente como beata pela Igreja Católica – nasceu a 6 de fevereiro de 1452, em Lisboa, e faleceu aos 38 anos, a 12 de maio de 1490, em Aveiro.
Princesa da Casa de Avis é filha do rei D. Afonso V e da rainha D. Isabel, deixou Lisboa e a Corte aos 23 anos para se dedicar a uma vida religiosa de clausura; foi beatificada em 1693 pelo Papa Inocêncio XII, tendo festa a 12 de maio, e o Papa Paulo VI, a 5 de janeiro de 1965, declarou-a especial protetora da cidade de Aveiro.
No dia 13 de maio, a Diocese de Aveiro celebrou os 600 anos do lançamento da primeira pedra da igreja do Mosteiro de Nossa Senhora da Misericórdia, ou de São Domingos.
OC