Funeral do bispo emérito marcado para as 15h00
Aveiro, 11 out 2013 (Ecclesia) – A Diocese de Aveiro vai despedir-se hoje de D. António Marcelino, bispo emérito que faleceu na quarta-feira aos 83 anos de idade, no Hospital Infante D. Pedro, da cidade.
O seu funeral vai decorrer às 15h00 de sexta-feira, na Sé de Aveiro, seguindo depois o cortejo fúnebre para o cemitério central da cidade.
D. António Marcelino foi nomeado bispo coadjutor da Diocese de Aveiro em 1980, tendo sido bispo residencial de 20 de janeiro de 1988 a 21 de setembro de 2006, quando foi substituído por D. António Francisco dos Santos.
Natural de Castelo Branco, onde nasceu a 21 de setembro de 1930, D. António Marcelino foi ordenado padre em 1955 e bispo (auxiliar do Patriarcado de Lisboa) em 1975.
“Julgo que melhor herança à diocese não podia eu ter deixado. Aveiro bem merece pelo desenvolvimento que tem tido um bispo com a inteligência e a capacidade de trabalho de D. António Marcelino”, escrevia na altura D. Manuel de Almeida Trindade no jornal ‘Correio do Vouga’.
D. António Francisco dos Santos, que sucedeu ao bispo agora falecido, disse no dia da tomada de posse que D. António Marcelino era um “construtor interpelativo e corajoso” de um “diálogo necessário e lúcido da Igreja com a sociedade”.
D. António Marcelino escrevia regularmente no Semanário ECCLESIA e no ‘Correio do Vouga‘.
[[v,d,3545,]]O tema da renovação da Igreja mereceu recorrentes reflexões por parte de D. António Marcelino, em artigos de opinião publicados na Agência ECCLESIA.
O último texto foi publicado a título póstumo na edição de quinta-feira do semanário digital, com uma reflexão sobre o ensino em Portugal, na qual se apela a “romper o muro do sectarismo e dos interesses partidários e corporativos, para que a democracia se afirme”.
D. António Marcelino foi vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) entre 1999 e 2005, participando no Sínodo dos Bispos sobre a Europa em 1991 e em 1999; presidiu à visita dos bispos de Portugal ao Vaticano, em 1999.
Na Diocese de Aveiro, criou o Instituto de Ciências Religiosas e promoveu um Sínodo de 1990 a 1995, entre outras iniciativas.
O prelado foi presidente das comissões episcopais da CEP para as Comunicações Sociais – onde esteve na origem do programa «70×7» -, a Ação Social, a Família e o Apostolado dos Leigos.
Em 2000, quando completou 25 anos de bispo, D. António Marcelino foi agraciado pelo então presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito, uma das mais altas condecorações do Estado.
O falecido bispo assinou ainda os livros ‘Pedaços de vida que geram vida’ e ‘A vida também se lê’.
PR/OC
Notícia atualizada às 10h30 e publicada originalmente a 09.10.2013