Ano jubilar iniciou-se a 13 de maio de 2023, nos 600 anos do lançamento da primeira pedra da igreja que hoje é a Sé
Aveiro, 13 maio 2024 (Ecclesia) – A Diocese de Aveiro celebrou, este sábado, o encerramento do jubileu dos 600 anos da Catedral, que congregou os arciprestados (conjuntos de paróquias) numa festa diocesana, marcada pela cor e tradições de cada região.
O bispo de Aveiro assinalou, em entrevista à Agência ECCLESIA, que apesar de territorialmente “pequena”, a diocese apresenta realidades “muito diferentes” nos territórios que a constituem, nomeadamente no litoral, bairrada e serra.
“Isso manifestou-se hoje. Por exemplo, os arcos que nos recordam as festas populares do São João vieram de uma zona rural. Os ranchos, que é a preocupação de preservar aquilo que era cultura antiga, vieram do Oliveira do Bairro. As bandas, veio uma da serra, outra do litoral”, explicou D. António Moiteiro.
O programa do encerramento do Jubileu da Catedral incluiu o acolhimento na Praça da República e uma caminhada até à Praça Marquês de Pombal, onde foram desencadeadas as apresentações arciprestais e a Eucaristia presidida pelo bispo de Aveiro.
O objetivo da celebração, segundo Sérgio Martins, da Comissão do Jubileu da Catedral de Aveiro, teve como objetivo proporcionar o encontro entre cada diocesano e o bispo, “numa relação de proximidade”, “comunhão” e de “identidade da Igreja”.
“E hoje celebramos essa alegria aqui, nesta festa de encerramento, depois de muitos meses, de muitas ações, de muitas atividades, de muita festa por toda a Diocese, também de muita reflexão”, salientou o responsável.
Entre dezembro de 2023 e abril deste ano, os arciprestados da Diocese de Aveiro realizaram peregrinações à Sé, um dos momentos do programa do ano jubilar, a propósito do 600 anos do lançamento da primeira pedra da igreja que hoje é a catedral de Aveiro, a 13 de maio de 2023.
“E isso foi um convite para termos a consciência de uma realidade que vai para além do nosso contexto paroquial e que é uma realidade de comum com as paróquias vizinhas e nesta área pastoral que é o arciprestado”, lembrou o padre João Alves, arcipreste de Aveiro.
Também o Movimento Apostólico de Schoenstatt esteve presente no encerramento das comemorações do Jubileu da Catedral de Aveiro.
“É uma alegria celebrar 600 anos da Diocese. Então é um presente também estarmos aqui”, referiu a irmã Mariluci, das Irmãs de Maria de Schoenstatt, que adiantou que o movimento tem uma presença ativa em Aveiro.
“Nós temos o Santuário de Schoenstatt na Gafanha da Nazaré, e nós trabalhamos com o movimento de Schoenstatt, que abrange as famílias, a juventude, as mães. Também temos o Centro Social, onde nós atendemos cento e poucas crianças no nosso projeto”, destacou.
Sobre a forma como a Diocese de Aveiro tem trabalhado para estabelecer um conceito de família maior, D. António Moiteiro assegura que esta é uma dimensão tida em conta através dos planos pastorais, desde que é bispo de Aveiro.
“O primeiro triénio foi sobre as virtudes teologais, o segundo triénio foi muito baseado na questão da vocação, matrimonial, vocação batismal, familiar e depois a vocação de consagração, que nos apanhou já depois na pandemia. E agora, por ocasião deste acontecimento dos 600 anos da igreja catedral, da igreja que é hoje a catedral, nós celebramos com alegria este sair da pandemia, mas também quisemos reunir a igreja, as suas comunidades, para sentirmos que somos um corpo”, realçou.
“Quando falamos as pedras vivas, era isto que eu gostava que o nosso povo, o povo de Deus sentisse, que cada um deles é uma pedra importante na construção desta igreja. E o Jubileu ajudou a isso”, acrescentou.
No domingo, o núncio apostólico em Portugal, D. Ivo Scapolo, presidiu às celebrações em honra da padroeira de Aveiro, da cidade e da diocese, Santa Joana de Princesa.
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