D. José Cordeiro foi o conferencista presente no primeiro dia das jornadas de formação
Albergaria-a-Velha, Aveiro, 11 fev 2014 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro marcou presença nas jornadas de formação permanente do clero da Diocese de Aveiro, onde abordou as origens e as razões do catecumenado.
O catecumenado, tempo de preparação para o Batismo, é “uma das instituições mais antigas da Igreja” que “apesar de exaltada na memória continua muito esquecida na prática”, disse D. José Cordeiro em Albergaria-a-Velha.
“Precisamos de fazer uma atualização viva e criativa do catecumenado”, afirmou o bispo de Bragança-Miranda, sugerindo, por exemplo, que a preparação e caminhada para o sacramento da Confirmação, o Crisma, possa acontecer em jeito catecumenal.
“No processo de se tornar cristão todos os passos são importantes, desde o anúncio da Palavra, acolhimento do Evangelho que implica conversão, profissão de fé, batismo, infusão do Espírito Santo e comunhão eucarística”, acrescentou.
A tarde ficou reservada para o tema da liturgia, sobre a qual D. José Cordeiro defende que tem de ser “transparência do mistério celebrado com a verdade e a simplicidade dos sinais”.
“Nós só fizemos o mais fácil da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II porque o mais difícil está por fazer” disse o bispo de Bragança-Miranda, no primeiro dia da formação permanente do clero da Diocese de Aveiro.
“Nenhuma aula, catequese ou formação pode substituir a própria celebração litúrgica”, sendo que há alguns riscos “que impedem a liturgia de manifestar a unidade da Igreja” ou “fazer da liturgia um ritualismo e um rubricismo”, alertou.
Para D. José Cordeiro, na liturgia da Igreja “há linguagem que precisa de ser revista e linguagem que precisa de ser reeducada”, sublinhando que “a liturgia é a grande escola da fé e de iniciação ao mistério de Cristo”.
As Jornadas de Formação Permanente do clero da Diocese de Aveiro, subordinadas ao tema “Da missão à evangelização e da evangelização à missão. Itinerários de fé”, prosseguem hoje com uma conferência sobre “o modelo catecumenal da Igreja”, a cargo do padre João Peixoto, da diocese do Porto, e com a presença do Bispo de Toulon, em França, D. Dominique Rey, que vai apresentar o tema “o anúncio no topo da pastoral ordinária”.
MD