«Só mudando e adequando os modelos organizativos e os processos de ação pastoral, podemos transmitir o que não muda» – D. António Moiteiro

Aveiro, 17 set 2025 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro apresentou “ideias e atitudes a implementar” no ano 2025/2026, numa nota pastoral em que assinala que a “conversão significa mudança de rumo”, e são todos corresponsáveis a passar para “uma pastoral decididamente missionária”.
“Ao iniciarmos um novo ano pastoral, desejo que todos nos empenhemos como Igreja diocesana numa renovada pastoral evangelizadora e missionária, que responda ao que o Senhor nos pede e a Igreja necessita”, escreve D. António Moiteiro, na nota pastoral ‘As Comunidades Pastorais Ao Serviço Da Evangelização’.
No novo documento, o bispo de Aveiro arealça que o ano pastoral 2025/2026 vai “exigir de todos” um redobrado esforço, para continuarem “a refletir e a implementar as comunidades pastorais”.
D. António Moiteiro começa por destacar que a Igreja Católica “existe para evangelizar”, é a sua “missão essencial”, realizar a missão de Jesus, que “pregou a conversão, expulsou demónios, curou enfermos”, e só podem “transmitir o que não muda”, mudando e adequando “os modelos organizativos e os processos de ação pastoral”, num tempo “novo, marcado por uma cultura diferente, plural, multifacetado e pluricultural”.
Como segundo ponto, o bispo de Aveiro indica a ‘conversão pastoral’, porque a primeira condição para “acolher Jesus e a sua missão, a missão da Igreja, é a conversão”, e falar de conversão “significa mudança de rumo”, as comunidades cristãs devem adotar “uma opção missionária decisiva”.
“O grande desafio para a conversão pastoral da vida da Igreja é intensificar a mútua colaboração de todos no testemunho evangelizador a partir dos dons e serviços de cada um. A Igreja não só chama o mundo à conversão, mas ela mesma sente necessidade de converter-se”, desenvolve D. António Moiteiro, referindo-se já à ‘corresponsabilidade pastoral’.
O bispo de Aveiro explica que a “conversão” é o convite de Jesus a “bispos, presbíteros, diáconos, consagrados e leigos”, e todos são chamados a assumir uma atitude de permanente conversão pastoral, “a passar de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária”.
Em ‘as Comunidades Pastorais Ao Serviço Da Evangelização’, o bispo diocesano explica que as paróquias, “espaço onde a maioria dos crentes vivem e alimentam a sua fé”, estão ao serviço da evangelização, procuram responder à exigência de “aproximar o Evangelho do povo”, através do anúncio da fé e da celebração dos sacramentos.
As paróquias devem ser capazes de se “reformar e adaptar”, que “não se torne uma estrutura separada das pessoas”, mas “grupos paroquiais em estilo sinodal”, e, para D. António Moiteiro, devem reconhecer que “o apelo à revisão e renovação ainda não deu frutos suficientes”, para que as paróquias sejam lugares de comunhão e participação vivas, “e sejam completamente orientadas para a missão”.
No plano pastoral para o triénio (2024-2027), a Diocese de Aveiro tem como propósito “criar e implementar comunidades pastorais” como resposta às “urgências e desafios do tempo presente, às solicitações e propostas do povo santo e fiel de Deus”.
Na nova nota, o bispo diocesano destaca algumas atividades do calendário pastoral, que “é necessário acolher e dinamizar”, como a formação para os dinamizadores de grupos paroquiais, no dia 11 de outubro, e a Assembleia Diocesana, no dia 5 de julho de 2026; entre estas duas iniciativas existem encontros para respostas e reflexões dos “grupos paroquiais”, e assembleias arciprestais.
CB/OC