D. António Francisco dos Santos deixa alertas na celebração da Páscoa
Aveiro, 31 mar 2013 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro criticou este sábado, na celebração da Vigília Pascal, as leis que “aprisionaram o direito a nascer” na sociedade.
“Quero saudar nestes tempos difíceis, onde parece que as leis aprisionaram o direito a nascer e que se asfixiou no coração humano a alegria do acolhimento da vida, todas as famílias que acolhem no seu regaço ou aguardam com alegria o nascimento dos seus filhos”, disse D. António Francisco dos Santos, numa homilia enviada à Agência ECCLESIA.
Segundo o prelado, “a Igreja não cessa de nascer e de renascer desta fonte viva que é o acontecimento pascal, este acontecimento que vem buscular as categorias humanas”.
“Aqui se revela que todas as injustiças humanas e violências do mundo não impedem a vida de Deus de se desdobrar em nós e que as maiores feridas humanas e sociais nos abrem também a esta força da ressurreição, que dá alegria, liberdade e paz”, observou.
O bispo de Aveiro pediu antes, na sua mensagem de Páscoa, que os católicos intervenham para curar as “feridas sociais e as dores humanas” provocadas pela atual crise que se vive em Portugal.
“As dificuldades por que passam as empresas e a tragédia do desemprego, que a todos nos aflige, exigem da Igreja uma intervenção lúcida e corajosa e uma presença fraterna e ativa”, sustenta D. António Francisco dos Santos.
O prelado pede a adesão da diocese à iniciativa de solidariedade que no próximo dia 11 vai levar voluntários a bater às portas para recolher bens alimentares e de higiene pessoal destinados “a cada uma das famílias carenciadas e às instituições de solidariedade social”.
“O mundo em que vivemos, especialmente a hora de crise que atravessamos e que atinge tantas pessoas e famílias, pede-nos gestos criativos e ações concretas de partilha e de fraternidade”, sustenta o bispo de Aveiro.
D. António Francisco dos Santos convida as comunidades católicos a “viver e a multiplicar este milagre da solidariedade humana e da caridade cristã”.
“A Páscoa, vivida por uma Igreja que se quer pobre e ao serviço dos pobres, introduz os pobres no coração e na casa da Igreja que é sua casa também”, refere o texto.
OC