«Nós, os peregrinos de Fátima, damos testemunho de que não vivemos como aqueles que não têm esperança» – D. António Moiteiro
Aveiro, 10 mar 2025 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro presidiu à Peregrinação Diocesana a Fátima, “à casa da Mãe de Jesus”, onde consagrou esta Igreja a Nossa Senhora, e pediu que colocassem “as grandes intenções”, como a paz, o Papa, “no coração de Maria”.
“Ponhamos no coração de Maria, nossa Mãe, as grandes intenções que nos trouxeram como peregrinos a este santuário: a paz no mundo, particularmente na martirizada Ucrânia, na faixa de Gaza, no Sudão do Sul, em Moçambique e em tantas zonas do nosso planeta; a vida e a missão do Papa Francisco no momento difícil que está a viver”, disse D. António Moiteiro, este sábado, na Missa na Basílica da Santíssima Trindade.
Na homilia enviada hoje, dia 10 de março, à Agência ECCLESIA, o bispo de Aveiro pediu também aos diocesanos que colocassem “no coração de Maria” a sua diocese e as suas intenções, “particularmente as vocações sacerdotais e de consagração”, e o sonho que Deus tem para cada um, serem “comunidades cristãs que coloquem Cristo ressuscitado no centro da sua vida”.
A Diocese de Aveiro, no contexto do atual triénio pastoral, peregrinou ao Santuário mariano de Fátima, no primeiro sábado da Quaresma (8 de março), e, segundo o programa, as principais celebrações foram a Eucaristia e uma Assembleia Diocesana, na Basílica da Santíssima Trindade, e a oração do terço, com enviou, na capelinha das Aparições.
“Somos peregrinos de esperança e desejamos o Reino dos céus e a vida eterna como nossa felicidade, pondo toda a nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos, não nas nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo”, indicou D. António Moiteiro.
O bispo de Aveiro lembrou que a Mensagem de Fátima leva-os à contemplação do amor de Deus manifestado na Santíssima Trindade, no seguimento do pedido de Nossa Senhora aos pastorinhos “para que rezassem o terço pela paz no mundo e pela conversão dos pecadores”.
“Nós, os peregrinos de Fátima, damos testemunho de que não vivemos como aqueles que não têm esperança e que podemos dar as razões da nossa esperança, porque a Virgem Maria é o ícone do Ressuscitado que atravessou também as dores da história”, desenvolveu, na Basílica da Santíssima Trindade.
A Igreja Católica está a viver o Ano Santo 2025 que começou com a abertura da Porta Santa, na Basílica de São Pedro, pelo Papa, na noite de 24 de dezembro de 2024, e termina a 6 de janeiro de 2026; o 27.º jubileu ordinário da Igreja foi proclamado por Francisco na bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude).
O bispo de Aveiro destacou que os elementos penitenciais propostos pelo Papa Francisco, na Bula de proclamação do Ano Santo, são a peregrinação, a Indulgência jubilar e a conversão, “eixos à volta dos quais deve girar todo o ano jubilar”.
“Peregrinar supõe que nos ponhamos a caminho em direção a Deus e aos irmãos, sendo este o gesto da nossa peregrinação da diocese de Aveiro à casa da Mãe de Jesus, em Fátima, enquanto a Indulgência nos permite descobrir como é ilimitada a misericórdia de Deus e a nossa necessidade de conversão enquanto Igreja”, explicou D. António Moiteiro, assinalando que o perdão quando é recebido “não muda o passado, mas pode permitir mudar o futuro”, e viver de forma diferente, “sem rancor, ódio e vingança”.
O bispo de Aveiro consagrou também a diocese a Senhora de Fátima, na Capelinha das Aparições, do recinto de oração do santuário da Cova da Iria.
CB/OC