Ano pastoral vivido sob o lema «Somos Igreja, somos família»
Aveiro, 01 dez 2016 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro defende que as linhas de ação do plano de pastoral 2016-2017 refletem “as preocupações” de uma Igreja que “não se quer fechar em si mesma, mas quer ser luz e fermento” para a sociedade atual.
D. António Moiteiro, na abertura do documento, realça, do programa do plano diocesano de pastoral 2016-2017, “alguns desafios muito importantes”, como fazer em conjunto uma “intensa experiência de Deus” que torne todos os batizados “verdadeiros discípulos e seguidores de Jesus”.
O bispo de Aveiro pretende também que se intensifique a formação cristã “a todos os níveis” para que os católicos sejam “mais fiéis” e testemunem o Evangelho.
O prelado identifica a “necessidade” de a comunidade cristã assumir, com responsabilidade, “a missão da sua renovação e revitalização” com espaços de acolhimento e de evangelização, “para ser portadora de esperança”.
A programação diocesana de Aveiro tem como pano de fundo os documentos do Papa Francisco ‘A alegria do Evangelho’ e ‘A Alegria do Amor’ que convidam a “redescobrir a Igreja como uma comunidade de discípulos” e a família com “todos os desafios” que se colocam hoje à “célula-base da sociedade e da Igreja”.
“A atenção à família deve revestir-se de uma especial atenção criativa, evitando repetir propostas passadas”, destaca o documento que neste contexto indica como “fundamental” atender às “novas realidades familiares” reforçando o amor de quem vive o matrimónio e a família.
A Igreja Católica em Aveiro observa a realidade que os interpela na sociedade assinalando os “grandes valores” que estão presentes na cultura atual alerta para outros que “muito condicionam a mentalidade predominante”.
Por exemplo, identificam o “individualismo pós-moderno e globalizado da sociedade”, a família que “atravessa uma crise cultural profunda” ou o matrimónio que “tende a ser visto como mera forma de gratificação afetiva”.
Sobre a realidade da própria Igreja após fatores positivos no presbitério e corpo diaconal; nos leigos e comunidades de vida consagrada, identificam “atitudes e inércias pastorais” que é preciso vencer.
A “dificuldade em assumir a teologia do Vaticano II, atraso na receção efetiva dos desafios propostos pelo Papa Francisco e pelo nosso bispo, temos ainda padres, diáconos e muitos leigos com mentalidade demasiado clerical, ausência de autocrítica, moralismo excessivo, persistência de uma espiritualidade intimista e pouco comprometida com a realidade social” é um exemplo.
O programa intitulado ‘Somos Igreja, somos família, testemunhamos a esperança’, apresenta desafios e linhas de ação para a Igreja diocesana, aos agentes de pastoral, às famílias e às paróquias.
Das propostas aos diversos secretariados diocesanos destaca-se, por exemplo, a proposta de um encontro para apresentação do trabalho realizado pelos departamentos que constituem o Secretariado Diocesano da Pastoral Social no dia 27 de janeiro de 2017 e umas jornadas de trabalho que envolvam os outros secretariados a 1 e 2 de abril.
CB/OC