Aveiro: Bispo apresenta seminário como «coração da Igreja aveirense»

D. António Moiteiro assina nota pastoral dedicada às novas vocações

Aveiro, 03 nov 2014 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro publicou uma nota pastoral na qual sustenta a Igreja deve libertar o homem das “escravidões” e desafia à criação de grupos paroquiais de oração pelo seminário.

“Lanço o desafio para que em todas as paróquias se crie um grupo de oração pelo nosso Seminário. Um outro gesto meritório será envidar esforços para o lançamento de uma campanha de bolsas de estudo para a formação de novos pastores para as nossas comunidades cristãs”, escreveu D. António Moiteiro, num documento intitulado ‘Servidores da alegria do Evangelho – Do discípulo ao apóstolo’.

O bispo de Aveiro pretende que o seminário diocesano seja acarinhado por todos e esteja presente nas orações dos seus diocesanos como “sendo o coração da Igreja aveirense”.

“Com coerência, criatividade e audácia, vamos todos dar as mãos e construir o futuro da Diocese”, desafiou o prelado na nota pastoral publicada hoje no sítio da Diocese de Aveiro.

Para D. António Moiteiro, a diocese deve “rejubilar e dar muitas graças a Deus” pelo Seminário de Santa Joana e pelas várias instituições que o constituem, como: o pré-seminário, com cerca de 50 adolescentes e jovens; o seminário menor, com sete jovens e o seminário maior, com oito alunos em teologia.

O prelado anuncia também que no dia 16 de novembro, no encerramento da Semana dos Seminários que começa este domingo, vão ser instituídos no ministério de acólito Gustavo Fernandes e João Santos, na Eucaristia das 19h00, na Sé, e, no dia 8 de dezembro vai ser ordenado diácono, em ordem ao presbiterado, Pedro Miguel Vieira Barros, às 16h00 também na Sé de Aveiro.

Numa nota pastoral, D. António Moiteiro relaciona e contextualiza o chamamento dos doze e a missão confiada por Jesus com o chamamento e ação da comunidade nos dias de hoje e assinala que a “Igreja deve ser também libertadora de tantas escravidões que o homem de hoje sofre”.

“Todos devemos deixar-nos imbuir de um autêntico sentido profético, o Espírito de Cristo Ressuscitado, que nos dá força para denunciar o mal e conquistar um verdadeiro espírito de liberdade interior”, desenvolveu.

O bispo diocesano destaca que na Última Ceia e no discurso de despedida Jesus ora pelos 12 para que o “Pai os mantenha na unidade e os consagre na verdade”.

“A unidade existe na comunidade quando os seus membros se amam, de tal modo que cada um se entrega sem limites aos outros”, alerta nesse contexto D. António Moiteiro.

Por isso, e com o exemplo da “unidade trinitária” que é perfeita, o bispo revela que o homem, “criado à imagem de Deus”, também deve refletir na sua vida esta realidade de “relação mútua, o amor aos outros, que configura a verdadeira personalidade”.

“Nesta abertura e relação interpessoal, transcende-se a individualidade de cada um, para ir ao encontro e se tornar presente nos outros”, escreve.

Desta forma, todos são chamados a “pôr outras pessoas em contacto com Jesus” pelo testemunho e pela evangelização.

“A relação de amizade é condição fundamental para se ser discípulo”, explica D. António Moiteiro.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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