Aveiro: Ano pastoral começa com incentivo ao «discernimento, a misericórdia, e sinodalidade»

D. António Moiteiro sublinhou que «a tarefa de evangelizar constitui a missão essencial da Igreja»

Aveiro, 14 out 2025 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro propôs à diocese as palavras “discernimento, misericórdia e sinodalidade”, para si “o mais importante”, na assembleia diocesana, de abertura do ano pastoral 2025/26, no Seminário de Santa Joana Princesa.

“A tarefa de evangelizar constitui a missão essencial da Igreja: ela existe para evangelizar. Num tempo que é novo, marcado por uma cultura diferente, plural, multifacetado e pluricultural, só mudando e adequando os modelos organizativos e os processos de ação pastoral, podemos transmitir o que não muda”, disse o bispo de Aveiro, na sua intervenção, publicada na página da diocese na internet.

D. António Moiteiro explicou que “a primeira condição” para acolher Jesus e a sua missão, “a missão da Igreja, é a conversão”, o que significa mudança de rumo, “mas, mais do que mudar, significa crescer” no conhecimento do Senhor, na escuta da Palavra de Deus e “na capacidade que esta tem para transformar”, sendo também a comunhão “um dos elementos fundamentais da conversão pastoral”.

Neste início de novo Ano Pastoral, este sábado, o bispo de Aveiro incentivou ao “discernimento, a misericórdia (Igreja de portas abertas), e a sinodalidade”, três palavras que propôs e que considera “o mais importante”, à assembleia, forma convocadas duas pessoas por paróquia, clero e responsáveis de serviços e movimentos

Segundo D. António Moiteiro, o discernimento é a forma de conhecerem “a vontade de Deus para a Igreja que está em Aveiro”, e esse processo de discernir “exige oração, reflexão e escuta”, a misericórdia “é o nome de Deus” e isso exige que vejam “a Igreja como lugar para todos, um hospital de campanha, uma Igreja de portas abertas onde todos cabem”.

“A sinodalidade é o caminhar juntos dos cristãos com Cristo e para o Reino de Deus, em união com toda a humanidade; orientada para a missão, implica o encontro em assembleia nos diversos níveis da vida eclesial, a escuta recíproca, o diálogo, o discernimento comunitário, a formação de consensos como expressão da presença de Cristo no Espírito e a tomada de uma decisão em corresponsabilidade diferenciada”, desenvolveu.

A Diocese de Aveiro tem como propósito criar e implementar as comunidades pastorais, “como resposta às urgências e desafios do tempo presente, às solicitações e propostas do povo santo e fiel de Deus”, no plano pastoral para o triénio (2024-2027).

O bispo de Aveiro recordou que o calendário que se propõem percorrer leva-os à constituição e escuta de grupos de leigos, consagrados, diáconos e sacerdotes “em todas as comunidades cristãs”, a fazerem sínteses daquilo que “o Espírito diz à Igreja que está em Aveiro”, para no primeiro trimestre (outubro-dezembro) do próximo Ano Pastoral (2026/2027) realizarem uma assembleia sinodal com representantes de toda a diocese, para implementarem, “progressivamente, as comunidades pastorais”.

A Diocese de Aveiro realizou umas jornadas sobre as comunidades pastorais, nesta assembleia de abertura do Ano Pastoral 2025/26, este sábado, dia 11 de outubro, no Seminário de Santa Joana Princesa, e convidou o padre José San José Prisco para apresentar o tema ‘Os desafios das comunidades pastorais à luz da sinodalidade’; o sacerdote espanhol foi um dos peritos que participou na XVI Assembleia do Sínodo dos Bispos, sobre a sinodalidade, em outubro de 2024, no Vaticano.

CB/OC

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