Na celebração da Missa Crismal, o bispo de Aveiro convidou a dinamizar o processo que envolve as comunidades rumo à Assembleia diocesana de 6 de julho

Aveiro, 17 abr 2025 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro disse hoje aos padres reunidos na Missa Crismal que o “caminhar juntos, com respeito, escuta e diálogo mútuo” é a “catequese” para o tempo atual.
“O documento final do Sínodo dos bispos, referindo-se à presença dos padres numa Igreja sinodal, diz-nos que somos chamados a viver o nosso serviço numa atitude de proximidade com as pessoas, acolhimento e escuta de todos, abrindo-se ao estilo sinodal”, lembrou, na homilia, D. António Moiteiro.
“Diz-nos a experiência, que quando a Igreja não responde aos anseios espirituais e existenciais das pessoas, elas encontram-nos por outros caminhos”, acrescentou.
O responsável assinalou que o “caminho de renovação” está a ser realizado na diocese de Aveiro com “empenho”, e que “as 18 assembleias sinodais, realizadas em janeiro, fevereiro e março, com a participação de 564 representantes dos conselhos arciprestais de pastoral e de todas as paróquias, é um bom sinal deste caminhar”.
“O ambiente criado, a forma positiva como é vista a missão da Igreja e a necessidade de sermos capazes de olhar para o futuro, como os que nos precederam, é o caminho sinodal que todos devemos percorrer”, indicou.
O bispo de Aveiro pediu aos padres para impulsionarem a “escuta e o discernimento” das pessoas nas comunidades, em ordem à Assembleia diocesana de 6 de julho, que avançará com o processo sinodal.
“É necessário que a Assembleia diocesana de 6 de julho, recolha o contributo de todos, e avancemos para a etapa de escuta e discernimento do maior número de pessoas que pertençam às comunidades cristãs, ou andem afastadas, porque também a elas lhes deve chegar o caminho sinodal”, indicou.
O responsável sugeriu que a “renovação autêntica exige coragem, dinamismo e conversão interior de pessoas e estruturas”, – “também a nossa cúria diocesana”, sublinhou.
A Diocese está a organizar a celebração de “dois Jubileus” em tempo pascal: 10 de maio, o Jubileu das crianças e adolescentes, e a 1 de junho, o Jubileu das famílias, a realizar no Santuário jubilar de Vagos.
“O jubileu que estamos a viver coloca a esperança no coração da vida cristã, ela nasce do amor e funda-se no amor. Precisamos de transbordar de esperança para testemunhar de modo credível e atraente, a fé e o amor que trazemos no coração. A esperança cristã é a ancora que nos ajuda a ter a certeza que o trabalho sinodal, sobre as comunidades pastorais que estamos a realizar na diocese, tem de ser fruto de um discernimento no espírito para encontrarmos caminhos que nos ajudem a realizar a missão da igreja, que é anunciar o evangelho de Jesus”, valorizou.
O bispo de Aveiro lembrou ainda os padres que assinalam aniversário de ordenação a quem agradeceu “o esforço de cada um” para responder ao que a missão da Igreja pede: “A comunhão presbiteral é o sinal mais eficaz da missão evangelizadora da nossa diocese de Aveiro”.
D. António Moiteiro quis ainda agradecer aos diáconos, “cooperadores do bispo”, aos consagrados, “sinal de esperança cristã – a sua dedicação e testemunho na vida da nossa diocese” e também aos “leigos, que dedicam o seu tempo e disponibilidade, para que Reino de Deus cresça nas suas paróquias e na diocese”.
LS