Foi raptado na China o Bispo Jia Zhiguo, um símbolo da resistência da chamada Igreja clandestina, fiel ao Vaticano e não reconhecida pelo regime de Pequim. Segundo a agência AsiaNews, o Bispo de Zhengding (província do Hebei) foi levado da sua casa por cinco polícias, depois de ter estado sobre controlo permanente ao longo de várias semanas, procurando evitar contactos com Bispos da Igreja oficial (a Associação Patriótica Católica – APC). A atitude chinesa é vista como um ataque à estratégia de unificação da Igreja no país, que tem vindo a ser lançada desde o Vaticano, precisamente num momento em que se encontram reunidos os membros da comissão constituída por Bento XVI para estudar a vida da Igreja Católica na China. D. Jia, de 74 anos, é um símbolo dos cristãos perseguidos e já passou mais de 20 anos na prisão. Há vários anos é alvo de raptos e isolamentos forçados por parte de autoridades chinesas, que o procuram convencer a aderir à APC. O Hebei, região com a maior concentração de católicos na China, viu recentemente o Bispo oficial de Shijiazhuang, D. Jang Taoran, reconciliar-se com a Santa Sé e aceitar a colaboração de D. Jia Zhiguo, por indicação directa do Vaticano, tornando-se seu auxiliar. Segundo testemunhos citados pela AsiaNews, a polícia prometeu aos fiéis que o governo colocaria outro Bispo no lugar de D. Jia, afirmando que o mesmo “se deve reformar, dado que está doente”.