Está em crescimento o fenómeno das seitas satânicas em Itália. Em entrevista à Rádio Vaticano, Aldo Bonaiuto, responsável do serviço anti-seitas da Associação João XXIII, indica que este crescimento afecta especialmente os jovens. “Segundo as estatísticas mais recentes, pelo menos meio milhão de pessoas tem contacto mais ou menos frequente com estas organizações, conhecidas geralmente através da música, dos filmes e dos sites da internet”, explicou. O fenómeno está em crescimento, explicou Bonaiuto, e encontra parte de sua explicação na mensagem cultural actual, que dá especial invoque ao tenebroso e ao macabro. “Estas mensagens são difundidas através das televisões. Os jovens, todos os dias, em todas as partes, estão rodeados por estas mensagens, onde se fala mais do mal que do bem, mais da morte que da vida, mais do Diabo do que de Deus”. É necessário, segundo Bonaiuto, “não banalizar o fenómeno”, especialmente com os jovens e adolescentes, que “com frequência se aventuram a provar… Não esqueçamos que dentro destas seitas quase sempre há consumo de drogas, assim como ritos muito particulares com presença da sexualidade, e os jovens deixam-se influenciar”. Neste panorama, é necessária uma maior sensibilização e formação nas escolas, especialmente através dos professores de religião, e nas paróquias, às quais com frequência se recorre à procura de actos de exorcismo. Para isso, acrescenta Aldo Bonaiuto, “é fundamental a correcta formação dos sacerdotes”. “Trata-se de um fenómeno social constituído por grupos e personagens que muitas vezes criam estas associações com fins lucrativos, para submeter e manipular as pessoas e depois obter lucro”, conclui. Redacção/Rádio Vaticano